OBJETIVO: Comparar os tratamentos não cirúrgico e cirúrgico com placa anterior, através da avaliação funcional dos pacientes portadores de fraturas do terço médio de clavícula após 12 meses de seguimento. MÉTODOS: Realizou-se estudo prospectivo, durante o período de agosto de 2005 a janeiro de 2007; 50 pacientes portadores de fratura do terço médio de clavícula com desvio foram aleatoriamente divididos em dois grupos. Entre os pacientes 10 foram excluídos da amostra devido à perda de seguimento. O grupo 1 foi submetido ao tratamento cirúrgico por meio de redução e fixação da clavícula com placa anterior. Já o grupo 2 foi tratado com uso de tipóia. Após o período mínimo de 12 meses de seguimento, foi realizada análise comparativa, utilizando-se como parâmetros funcionais as escalas da AAOS e da UCLA. RESULTADOS: A média de idade foi de aproximadamente 30 anos (variando de 18 a 58 anos), com 77,5% dos pacientes do sexo masculino. O lado mais freqüentemente acometido foi o direito (55%), sendo nestes pacientes o ombro dominante. O mecanismo de trauma encontrado com maior freqüência foi o acidente de trânsito (75% dos casos). Pelos critérios da UCLA, o grupo 1 teve 91,5% dos pacientes com resultado considerado satisfatório (bom e excelente), enquanto que o grupo 2 apresentou 81,25%. O retorno ao trabalho e às atividades cotidianas foi mais rápido no grupo 1, com média de 8,67 semanas, comparando-se com 15,13 semanas no grupo 2. Como complicações podemos citar no grupo 1: cicatriz hipertrófica (12,5%), pseudartrose (8,3%), dor residual (8,3%), soltura de material (4,1%). Já no grupo 2: deformidade estética (43,75%), capsulite adesiva (12,5%) e pseudartrose (6,25%). CONCLUSÕES: O tratamento cirúrgico proporcionou, após 12 meses de acompanhamento, retorno mais rápido às atividades cotidianas, com resultados funcionais pela escala da UCLA percentualmente maior, porém não estatisticamente significativo, comparado com o tratamento não cirúrgico.
OBJECTIVE: To compare non-surgical treatment and surgical treatment using an anterior plate through a functional evaluation of patients with midshaft clavicle fractures after 12 months of follow-up. METHODS: A prospective study was performed from August 2005 to January 2007, when 50 patients with midshaft clavicle fracture with displacement were randomly divided into two groups. 10 of the patients were excluded from the series because they were lost in follow-up. Group 1 was submitted to surgical treatment with reduction and fixation of the clavicle with an anterior plate. Group 2 was treated using a sling. After the minimum follow-up period of 12 months, a comparative analysis was performed using the AAOS and the UCLA scales as parameters. RESULTS: Mean age was approximately 30 years (ranging from 18 to 58 years), and 77.5% of the patients were male. The right side was most often involved (55%) and it was the dominant shoulder in those patients. The trauma mechanisms found most often were traffic accidents (75% of the cases). According to UCLA criteria, group 1 had 91.5% of the patients with results considered satisfactory (good and excellent), whereas group 2 presented 81.25%. Return to work and to daily-life activities was faster in group 1, with a mean of 8.67 weeks, whereas group 2 took 15.13 weeks. As to complications, the authors mention, for group 1, hypertrophic scarring (12.5%), pseudoarthrosis (8.3%), residual pain (8.3%), loosening of the material (4.1%). In group 2, complications were: esthetic deformity (43.75%), adhesive capsulitis (12.5%), and pseudoarthrosis (6.25%). CONCLUSION: After 12 months of follow-up, surgical treatment provided faster return to daily-life activities, with higher percentage of functional results according to the UCLA scale, but this was not statistically significant, compared to the non-surgical treatment.