RESUMO O presente estudo teve como objetivo analisar como diferentes esquemas combinando estimativa de erro e frequência relativa de feedback extrínseco afetam a aprendizagem motora. Cinquenta e dois estudantes de graduação (30 homens, 22 mulheres) com idades entre 18 e 35 anos (M = 21,15, DP = 2,97), todos novatos na tarefa, praticaram uma habilidade de produção de força com diferentes combinações entre estimativa de erro e frequência relativa de conhecimento dos resultados. Quatro condições experimentais foram comparadas: 1) nenhuma estimativa de erro com feedback após cada tentativa; 2) nenhuma estimativa de erro com feedback a cada duas tentativas; 3) estimativa de erro seguida de feedback após cada tentativa e 4) estimativa de tentativa após feedback a cada duas tentativas. A análise do erro absoluto da força revelou efeito significante para a frequência de feedback [F(1, 76) = 4.209, p = 0.044, ηp 2 = 0.52] e estimativa de erro [F(1, 76) = 7.483, p = 0.008, ηp 2 = 0.77]. A análise do erro constante da força não revelou diferenças significantes para estimativa de erro [F(1, 76) = 2.323, p = 0.132, ηp 2 = 0.37], mas para a frequência de feedback [F(1, 76) = 8.481, p = 0.005, ηp 2 = 0.83]. Os resultados mostraram aprendizagem superior dos grupos que combinaram estimativa de erro após receber feedback, independentemente da frequência relativa apresentada. A associação entre estimativa de erro e frequência relativa de feedback extrínseco (alto ou moderado) parece favorecer o desenvolvimento de mecanismos de detecção de erros, evitando os efeitos da dependência de feedback extrínseco e, consequentemente, potencializando o aprendizado.
ABSTRACT The present study aimed to analyze how different schedules combining error estimation and relative frequency of extrinsic feedback affects motor learning. Fifty-two undergraduate students (30 males, 22 females) aged 18 to 35 years old (M = 21.15, SD = 2.97), all novices in the task, practiced a force-production task with different combinations between error estimation and relative frequency of knowledge of results. Four experimental conditions were compared: no error estimation with feedback after every trial; no error estimation with feedback every two trials; error estimation following by feedback after every trial-and-error estimation following feedback every two trials. The absolute force error analysis revealed a significant main effect for both feedback frequency [F(1, 76) = 4.209, p = 0.044, ηp 2 = 0.52] and error estimation [F(1, 76) = 7.483, p = 0.008, ηp 2 = 0.77]. The constant force error analysis did not reveal a significant main effect for Error Estimation [F(1, 76) = 2.323, p = 0.132, ηp 2 = 0.37], but did for Feedback Frequency [F(1, 76) = 8.481, p = 0.005, ηp 2 = 0.83]. Results showed superior learning of groups that combined error estimation following receiving feedback, regardless of feedback frequency. The association between error estimation and relative frequency of extrinsic feedback (high or moderate) seems to favor the development of error-detection mechanism, thus avoiding the effects of extrinsic feedback dependence, and consequently enhancing learning