INTRODUÇÃO: Epilepsia é uma condição muito comum em nossa sociedade, mas infelizmente ainda convive com lacunas no conhecimento, contribuindo para dificuldades no ajustamento psicossocial da pessoa com epilepsia. OBJETIVO: avaliar a percepção e as atitudes dos profissionais de saúde do SAMU-192 sobre a epilepsia. MATERIAL E MÉTODOS: este estudo foi realizado com profissionais que trabalham no SAMU-192 durante o VII Workshop AVC - Campinas realizado em novembro de 2007, no qual os participantes responderam a um questionário estruturado sobre epilepsia. RESULTADOS: Cento e quarenta e nove (149) pessoas responderam ao questionário (49,6% do sexo feminino e idade média de 37 anos - IC=21-59 anos). Quanto às especialidades temos 90 (60,4%) de profissionais de saúde em geral (enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas), seis (4,0%) de médicos e 53 (35,6%) de outras profissões técnicas (auxiliares de secretaria, motoristas). No geral, a maioria das pessoas tem um conhecimento adequado sobre epilepsia. Porém, algumas crenças ainda estão presentes. No que se refere à percepção, idéias erradas apareceram, como epilepsia é uma doença contagiosa, pessoas com epilepsia não podem praticar esportes ou trabalhar. Além disso, dúvidas referentes à gestação e ao tratamento da epilepsia também foram observadas. Com relação às atitudes durante uma crise epiléptica, apareceram: colocar algum objeto na boca do paciente, restringir movimentos do paciente ou dar álcool para a pessoa cheirar para poder interromper a crise. CONCLUSÃO: Neste contexto, são necessários programas de treinamento continuado para profissionais da área da saúde para melhorar a percepção e as atitudes perante esta condição, tirando assim a epilepsia das sombras.
INTRODUCTION: Epilepsy is very prevalent in our society, but unfortunately lack of knowledge is still very common, contributing to psycho-social difficulties to people with epilepsy. PURPOSE: The aim of this study was to assess the epilepsy' perception and attitudes by professionals of emergency medical service in Campinas, Brazil. MATERIAL AND METHODS: This study was carried out with professionals of SAMU-192, who participated on the VII Stroke Workshop of Campinas in November 2007. RESULTS: One hundred-forty nine (149) professionals answered the questionnaire (49% women, average age of 37 years, range from 21 to 59 year). Ninety (60%) were professionals allied to medicine (nurses, health auxiliary, dentists), six (4%) were physicians and 53 (36%) were other professions (secretary, driver). In overall, a great majority of the subjects had an appropriate knowledge regarding epilepsy. But, some beliefs are still present. In relation to epilepsy' perception, some wrong ideas appeared, as epilepsy is a contagious disease, people with epilepsy can not practice physical exercise or to work. Also, the doubts regarding pregnancy and treatment of epilepsy were observed. Regarding attitudes during an epileptic seizure, some inadequate attitudes appeared: to put something in patient's mouth, to restrict the patients' movements or give something strong to smell (alcohol or vinegar) in order to stop the seizure. CONCLUSION: In this context, it is necessary a continuous education programs to the allied health professionals to improve the perception and attitudes, bringing epilepsy out of the shadows.