Entre as doenças que se manifestam na cultura da aveia (Avena sativa), a ferrugem da folha, causada por Puccinia coronata f. sp. avenae, tem-se mostrado a mais destrutiva, sendo responsável pelo decréscimo na qualidade e no rendimento dos grãos. O controle da doença através do uso de cultivares com resistência qualitativa vem sendo restringido pela capacidade do patógeno em superar este tipo de resistência. Visando possibilitar a utilização de uma estratégia alternativa para o controle da doença, foi investigada a ocorrência de resistência quantitativa em 31 genótipos de aveia branca. Os ensaios foram realizados durante os anos de 1996 a 2000, na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, em Eldorado do Sul, RS, Brasil. Foi avaliado o progresso da doença no campo nos genótipos durante três anos, sendo que alguns deles foram testados durante cinco anos. Para tal, foram realizadas avaliações semanais da severidade da ferrugem nas parcelas, traçando-se, a partir destes dados, as curvas de progresso da doença, sendo calculadas também as áreas delimitadas por essas curvas (AACPD) e a taxa de progresso da doença (r). Em todos os anos houve grande variabilidade entre os genótipos quanto à reação à ferrugem da folha, e, conforme sua reação ao longo dos anos em que foram testados, os genótipos foram classificados em quatro grupos: resistentes, moderadamente resistentes, moderadamente suscetíveis e suscetíveis. Os dois primeiros grupos apresentam bons níveis de resistência quantitativa e poderão ser usados futuramente como genitores em programas de melhoramento genético.
Among diseases that attack oat (Avena sativa) crop, crown rust, caused by Puccinia coronata f. sp. avenae, has been the most destructive, being responsible for a decrease in the quality and yield of grains. Control through qualitative resistance has been restricted by the capacity of the pathogen to overcome this resistance type. Seeking an alternative strategy for disease control, 31 white oat genotypes were investigated for the occurrence of quantitative resistance. Trials were accomplished from 1996 to 2000, in the Agronomic Experimental Station of UFRGS, in Eldorado do Sul, RS, Brazil. Disease progress was evaluated in the field for three years, and some genotypes were tested for five years. Weekly evaluations of rust severity in each plot were performed, providing data from which to determine the disease progress curves, and calculate the area under the disease progress curve (AUDPC), and the rate of development of disease (r). There was great variability among genotypes for all the years in regard to rust reaction, allowing the genotypes to be classified in four groups: resistant, moderately resistant, moderately susceptible and susceptible. The first two groups have good levels of quantitative resistance and can be used in the future as parents in breeding programs.