JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A anestesia com baixo fluxo, em pacientes pediátricos, requer equipamentos adequados, no entanto, os disponíveis no mercado são de alto custo, o que limita o seu uso. Este estudo avaliou a anestesia com baixo fluxo em coelhos, empregando circuito fechado, modo de pressão controlada em novo ventilador pediátrico para anestesia (VPL-5000A-Vent-Logos). MÉTODO: Dez coelhos foram distribuídos aleatoriamente, sendo que o grupo I foi submetido à pressão de 15 cmH2O e o grupo II à de 20 cmH2O. A anestesia foi realizada com xilazina (10 mg.kg-1) e cetamina (25 mg.kg-1) associados, por via muscular, seguida de manutenção com isoflurano, após intubação orotraqueal. Após 20 minutos, administrou-se pancurônio (0,1 mg.kg-1) por via venosa e a ventilação controlada foi iniciada. Os parâmetros ajustados no ventilador foram: FR 30 mpm, freqüência I:E 1:2,5 e tempo de inspiração 0,6 segundo, além das pressões de plateau. O fluxo de gases frescos empregado foi 300 ml (total). Os parâmetros foram coletados a cada 20 minutos durante uma hora. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística de variância para medidas repetidas (p < 0,05). RESULTADOS: O CO2 reinalado diminuiu significativamente no grupo II, de 15 mmHg, durante a ventilação espontânea, para um valor médio de 2,4 mmHg, durante a ventilação controlada. No grupo I, diminuiu de 19,2 mmHg (inicial) para 3,6 mmHg. Comparando-se os dois grupos, diferenças significativas foram encontradas em relação ao pH venoso, PaCO2, PvO2 e discreta diferença entre a PAM e PAD. O grupo de 15 cmH2O apresentou importante acidose respiratória, enquanto o de 20 cmH2O obteve valores normais de pH e PaCO2. Uma vez que os valores de volume expirado entre os grupos foram semelhantes, tais diferenças entre pH e gases sangüíneos apresentados pelos grupos podem estar relacionadas aos baixos níveis de pH observados no grupo I. Verificou-se consumo médio de 2 ml de isoflurano por animal durante os 120 minutos de estudo. CONCLUSÕES: Com equipamento adequado é possível empregar anestesia de baixo fluxo, ventilação com pressão controlada e circuito fechado em pacientes com peso muito baixo.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Pediatric low flow anesthesia requires adequate equipment which, when available, is extremely expensive, thus seldom used. This study aimed at evaluating low flow anesthesia in rabbits using a closed rebreathing circuit in a new pediatric pressure controlled ventilator for anesthesia. METHODS: Ten rabbits were randomly assigned to two groups. Group I individuals were ventilated with the airway pressure limit set to 15 cmH2O, while in group II the setting was 20 cm H2O. Anesthesia was induced with muscular xylazine (10 mg.kg-1) and ketamine (25 mg.kg-1), followed by maintenance with isoflurane after tracheal intubation. After 20 minutes, 0.1 mg.kg-1 intravenous pancuronium was administered and controlled ventilation was established. Ventilator parameters were: RR - 30 mpm, I:E ratio 1:2.5 and inspiratory time 0.6 sec, in addition to plateau pressures. Fresh gas flow was 300 ml.min-1 (total). Parameters were collected every 20 minutes for one hour and data were submitted to analysis of variance for repeated measures (p < 0.05). RESULTS: Re-inhaled CO2 decreased significantly in group II from an initial value of 15 mmHg during spontaneous ventilation to a mean value of 2.4 mmHg during controlled ventilation. In group I, the drop was from 19.2 mmHg (initial) to 3.6 mmHg. Comparing both groups, significant differences were observed in venous pH, PaCO2, PvO2 and a slight difference between MBP and DBP. The 15 cmH2O group showed important respiratory acidosis, while the 20 cmH2O had normal pH and PaCO2 values. Since expired volume values were similar in both groups, such differences in pH and blood gases observed could be related to low pH levels seen in group I. Each animal consumed a mean value of 2 ml isoflurane during the 120 minutes of the study. CONCLUSIONS: With proper equipment, it is possible to use low flow anesthesia with pressure controlled ventilation and closed system in very low weight patients.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La anestesia con bajo flujo, en pacientes pediátricos, requiere equipamientos adecuados siendo caros los disponibles, y limitando su uso. Este estudio evaluó la anestesia con bajo flujo en conejos, empleando circuito cerrado, modo de presión controlada en nuevo ventilador pediátrico para anestesia (VPL-5000A-Vent-Logos). MÉTODO: Diez conejos fueron distribuidos aleatoriamente, siendo que el grupo I fue sometido a presión de 15 cmH2O y el grupo II a la de 20 cmH2O. La anestesia fue realizada con xilazina (10 mg.kg-1) y cetamina (25 mg.kg-1) asociados, por vía muscular, seguida de manutención con isoflurano, después intubación orotraqueal. Después de 20 minutos, se administró pancuronio (0,1 mg.kg-1) por vía venosa y la ventilación controlada fue iniciada. Los parámetros ajustados y el ventilador fueron: FR 30 mpm, frecuencia I:E 1:2,5 y tiempo de inspiración 0,6 segundo, además de las presiones de plateau. El flujo de gases frescos empleado fue de 300 ml (total). Los parámetros fueron colectados a cada 20 minutos durante una hora. Los datos obtenidos fueron sometidos a análisis estadística de variancia para medidas repetidas (p < 0,05). RESULTADOS: El CO2 reinhalado diminuyó significativamente en el grupo II, de 15 mmHg, durante la ventilación espontanea, para un valor medio de 2,4 mmHg durante a ventilación controlada. En el grupo I, de 19,2 mmHg (inicial) para 3,6 mmHg. Comparándose los dos grupos, diferencias significativas fueron encontradas en relación al pH venoso, PaCO2, PvO2 y discreta diferencia entre la PAM y PAD. El grupo de 15 cmH2O presentó importante acidosis respiratoria, en cuanto el de 20 cmH2O obtuvo valores normales de pH y PaCO2. Una vez que los valores de volumen expirado entre los grupos fueron semejantes, tales diferencias entre pH y gases sangüíneos presentados por los grupos pueden estar relacionadas a los bajos niveles de pH observados en el grupo I. Se Verificó consumo medio de 2 ml de isoflurano por animal durante los 120 minutos de estudio. CONCLUSIONES: Con equipamiento adecuado es posible emplear anestesia de bajo flujo, ventilación con presión controlada y circuito cerrado en pacientes con muy bajo peso.