Resumo O objetivo deste estudo foi estimar a dose absorvida em exames de tomografia computorizada de feixe cônico (TCFC) de acordo com diferentes parâmetros de exposição, tamanho e posição do campo de visão (FOV, do inglês field of view). Além disso, comparou-se a dose absorvida em uma única aquisição com FOV grande com aquela em duas aquisições com FOVs menores para avaliação de estruturas bilaterais como a articulação temporomandibular (ATM). As aquisições de TCFC foram obtidas no aparelho OP300 Maxio, variando o modo de aquisição (standard, high e endo), bem como o tamanho (5x5, 6x8 e 8x15 cm) e o posicionamento do FOV. Com o FOV pequeno, foram escaneadas diferentes áreas (maxila ou mandíbula, anterior ou posterior e ATM). As doses absorvidas foram determinadas por meio da utilização de dosímetros termoluminescentes na superfície da pele em órgãos sensíveis de um phantom antropomórfico. O modo endo mostrou a dose mais alta, seguido pelos modos high e standard em todas as posições dos FOVs. Com um FOV pequeno, as doses foram maiores na região posterior, especialmente na mandíbula. A redução da dose ocorreu quando foram utilizados pequenos FOVs; contudo, essa redução não foi proporcional à redução do tamanho do FOV. Para a ATM, a dose em uma única aquisição com FOV grande foi maior que duas aquisições com FOV pequeno, porém inferior à dose de duas aquisições com FOV médio (6x8 cm). Em conclusão, o modo de aquisição, o tamanho e a posição do FOV têm grande influência na dose absorvida. FOVs pequenos apresentaram doses mais baixas em relação aos FOVs grandes, entretanto não há uma relação linear entre o tamanho do FOV e a dose absorvida. Para estruturas bilaterais como a ATM, a dupla aquisição com FOV pequeno representa uma diminuição na dose absorvida em relação a uma aquisição com FOV grande.
Abstract This study aimed to estimate the absorbed dose in cone beam computed tomography (CBCT) exams according to different exposure parameters and size and position of the field of view (FOV). In addition was compared the absorbed dose of two smaller FOV scans with that of a larger FOV scan for evaluation of temporomandibular joint (TMJ), as it is a bilateral structure. CBCT scans were obtained on OP300 Maxio unit varying scanning mode (standard, high and endo) as well as size (5x5, 6x8 and 8x15 cm) and positioning of FOV. With a small FOV, different areas were scanned (maxilla or mandible, anterior or posterior and TMJ). Absorbed doses were determined using thermoluminescent dosimeters on the skin surface of sensitive organs of an anthropomorphic phantom. Endo mode showed the highest dose, followed by the high and standard modes in all FOV positions. With small FOV, doses were higher in the posterior region, especially in the mandible. Dose reduction occurred when small FOVs were used, but it was not proportional to FOV size reduction. For TMJ, the dose in a single acquisition with large FOV was greater than two acquisitions with small FOV, but lower than two acquisitions with medium FOV (6x8 cm). In conclusion, scanning mode, size and FOV position have great influence on the absorbed dose. Small FOV decreases the dose, but there is no linear relation between FOV size and dose. For bilateral exams of TMJ, double acquisition with small FOVs produces decrease in absorbed dose relative to a large FOV.