O diagnóstico da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é feito com base nos dados clínicos e epidemiológicos e é confirmado por meio de diferentes métodos laboratoriais. Dentre estes, são utilizados, com desempenhos variáveis, a reação de imunofluorescência indireta (IFI), a reação intradérmica de Montenegro (IRM), a pesquisa de Leishmania em material de biópsia de pele ou mucosa e a reação em cadeia da polimerase (PCR). O objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho de teste imunoenzimático (ELISA) como método alternativo de diagnóstico da LTA, comparando seus resultados com os obtidos por outros métodos tradicionais de diagnóstico dessa doença. Foi utilizado teste para pesquisa de IgG anti-Leishmania no soro, utilizando antígeno bruto de Leishmania braziliensis, com os seguintes resultados de sensibilidade: ELISA = 85%; PCR = 81%; IRM = 64.4%; IFI = 58,1%; presença de parasitas na biópsia = 34%. Além disso, o teste ELISA foi positivo em parcela expressiva dos pacientes que apresentavam outros testes diagnósticos negativos (foi positivo em 100% dos pacientes com PCR negativo; em 84,8% dos casos com biópsias mostrando ausência de parasitas e em 75% dos não reativos a IRM) mostrando-se útil como método alternativo de diagnóstico da LTA.
The diagnosis of American cutaneous leishmaniasis (ACL) is frequently based on clinical and epidemiological data associated with the results of laboratory tests. Some laboratory methods are currently being applied for the diagnosis of ACL, among them the indirect immunofluorescence reaction (IIFR), the Montenegro skin test (MST), histopathological examination, and the polymerase chain reaction (PCR). The performance of these methods varies in a considerable proportion of patients. After the standardization of an immunoenzymatic test (ELISA) for the detection of IgG in the serum of patients with ACL using a crude Leishmania braziliensis antigen, the results obtained were compared to those of other tests routinely used for the diagnosis. The tests revealed the following sensitivity, when analyzed separately: 85% for ELISA IgG, 81% for PCR, 64.4% for MST, 58.1% for IIFR, and 34% for the presence of parasites in the biopsy. ELISA was positive in 75% of patients with ACL presenting a negative MST, in 84.8% of ACL patients with negative skin or mucous biopsies for the presence of the parasite, and in 100% of cases with a negative PCR. Thus, ELISA presented a higher sensitivity than the other tests and was useful as a complementary method for the diagnosis of ACL.