Dentro da gama de reformas focadas na inclusão de cidadãos na América Latina, há uma grande variedade em termos de escopo, conteúdo, implementação e impacto real dessas experiências. Este artigo compara os casos do Brasil e da Venezuela, que foram considerados modelos exemplares no campo da democracia participativa por diferentes observadores, para indagar como e porque variam seus sistemas participativos em seus desenhos e por quê deixaram de ser exemplos. Em resumo, as diferenças no desenho devem-se às diferentes origens dos dois modelos na transição democrática no Brasil e na crise democrática na Venezuela. De seus resultados, além das óbvias conseqüências negativas das recentes crises econômicas, sustentamos que, por um lado, o sistema participativo brasileiro perdeu suas raízes populares ao mudar para uma abordagem mais organizacional e ao escalar em um nível macro, e pelo outro, na Venezuela, as instituções adquiriram uma abordagem partidária demais e se desenvolveram em um nível muito micro.
The gamut of participatory reforms to include citizens in Latin America has varied widely in scope, content, implementation, and impact. This article compares the cases of Brazil and Venezuela, which were considered as exemplary in the field of participatory democracy by different observers, to ask how and why their participatory systems vary in their design and why they are no longer examples. In short, the differences in design are due to the different origins of the two models, in Brazil’s democratic transition and in Venezuela’s democratic crisis. To explain their varying results, in addition to the obvious negative consequences of the recent economic crises, we argue that, on one hand, Brazil’s participatory system lost its popular roots by shifting to a more organizational approach and scaling up to a macro level, and, on the other hand, Venezuela’s participatory institutions took too much of a partisan approach and focused too much on the micro level.
Dentro de la gama de reformas enfocadas en la inclusión de los ciudadanos en América Latina, hay una grande variedad en términos de escopo, contenido, implementación y impacto real de estas experiencias. Este artículo compara los casos do Brasil y Venezuela, que fueron considerados modelos ejemplares en el campo de la democracia participativa por diferentes observadores, para indagar como e porque varían sus sistemas participativos en sus diseños y por qué dejaron de ser ejemplos. En resumo, sugerimos que las diferencias en el diseño se deben a los diferentes orígenes de los dos modelos en la transición democrática en Brasil y la crisis democrática en Venezuela. De sus resultados, más allá de las obvias consecuencias negativas de las recientes crises económicas, sustentamos que, por un lado, el sistema participativo brasileiro perdió sus raíces populares al mudar para una abordaje más organizacional y al escalar a un nivel macro, y por el otro, en Venezuela, las instituciones adquirieron una abordaje demasiado partidaria y se desenvolvieron a un nivel demasiado micro.
Parmi la gamme de réformes visant à inclure les citoyens d’Amérique latine, la portée, le contenu, la mise en œuvre et l’impact réel de ces expériences sont très variés. Cet article compare les cas du Brésil et du Venezuela, considérés par plusieurs observateurs comme des modèles exemplaires dans le domaine de la démocratie participative, et demande comment et pourquoi leurs systèmes participatifs ont des conceptions différentes et pourquoi ils ne sont plus des exemples. En bref, les différences de conception sont dues aux origines différentes des deux modèles dans la transition démocratique au Brésil et dans la crise démocratique au Venezuela. D’après ses résultats, outre les conséquences négatives évidentes des récentes criseséconomiques, nous affirmons que, d’une part, le système participatif brésilien a perdu ses racines populaires en passant à une approche plus organisationnelle et à l’échelle locale, et d’autre part au Venezuela, les institutions ont adopté une approche trop partisane et se sont développées à un très petit niveau.