INTRODUÇÃO: O ensino superior tem sido constantemente pressionado para inserir novas técnicas. Em que se pese a vasta utilização das técnicas, ainda há carência de informações sobre sua utilização e impacto. A FMRP-USP está estruturando um Laboratório de Habilidades e necessita de dados sobre a prevalência de uso destes recursos. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de recursos de simulação nos cursos oferecidos pela FMRP-USP. MÉTODOS: Entrevista estruturada através de questionário desenvolvido especificamente aos responsáveis pelas disciplinas de graduação da FMRP-USP. Os dados obtidos foram armazenados em banco de dados desenvolvido na plataforma Microsoft Access. Os cursos foram divididos entre aqueles que oferecem algum tipo de recurso (GI) e os que se limitam a recursos tradicionais (GII) e foi utilizado o teste de qui-quadrado para a comparação de proporções entre os grupos. RESULTADOS: Analisou-se 256 disciplinas. O percentual de disciplinas que compuseram o GI foi de 18,3%, variando de acordo com o curso - Medicina (24,7%), Terapia Ocupacional (23,0%), Nutrição (15,9%), Fisioterapia (9,8%) e Fonoaudiologia (9,1%). Há predominância do uso de programas de computador (42,5%) independente do curso. A origem dos recursos é de predomínio da FMRP-USP (56,3%), mas apresenta importante contribuição de outros setores. A manutenção, porém, é quase exclusividade da FMRP-USP. Os recursos estão alocados predominantemente nos Departamentos. Verificou-se grande interesse na centralização desses recursos em um laboratório de simulação. CONCLUSÃO: 1) Os recursos de simulação são predominantemente de baixa complexidade e em sua maioria restritos à programas de computador; 2) Há diversidade no uso dos recursos na dependência da área de aplicação, com maior uso em Medicina; 3) Os recursos estão dispersos na FMRP-USP, com aquisição e manutenção dependentes de iniciativas individuais dos cursos, sem centralização
BACKGROUND: Simulation techniques are spreading rapidly in medicine. Suc h resources are increasingly concentrated in Simulation Laboratories. The MSRP-USP is structuring such a laboratory and is interested in the prevalence of individual initiatives that could be centralized there. The MSRP-USP currently has five full-curriculum courses in the health sciences: Medicine, Speech Therapy, Physical Therapy, Nutrition, and Occupational Therapy, all consisting of core disciplines. GOAL: To determine the prevalence of simulation techniques in the regular courses at MSRP-USP. METHODS: Coordinators of disciplines in the various courses were interviewed using a specifically designed semi-structured questionnaire, and all the collected data were stored in a dedicated database. The disciplines were grouped according to whether they used (GI) or did not use (GII) simulation resources. RESULTS AND DISCUSSION: 256 disciplines were analyzed, of which only 18.3% used simulation techniques, varying according to course: Medicine (24.7.3%), Occupational Therapy (23.0%), Nutrition (15.9%), Physical Therapy (9.8%), and Speech Therapy (9.1%). Computer simulation programs predominated (42.5%) in all five courses. The resources were provided mainly by MSRP-USP (56.3%), with additional funding coming from other sources based on individual initiatives. The same pattern was observed for maintenance. There was great interest in centralizing the resources in the new Simulation Laboratory in order to facilitate maintenance, but there was concern about training and access to the material. CONCLUSIONS: 1) The MSRP-USP simulation resources show low complexity and are mainly limited to computer programs; 2) Use of simulation varies according to course, and is most prevalent in Medicine; 3) Resources are scattered across several locations, and their acquisition and maintenance depend on individual initiatives rather than central coordination or curricular guidelines