Com o terramoto de Lisboa de 1 Novembro de 1755, a questão do mal foi formulada em termos completamente novos, estabelecidos por Rousseau: só há mal moral, e este é da inteira responsabilidade dos homens, incluindo os prejuízos causados pelas catástrofes naturais. Contudo, esta solução estilhaçou-se com as catástrofes morais do século XX. Perante as novas ameaças que põem em perigo a sobrevivência da humanidade, é necessário colocar a questão do mal em novos termos.
Avec le tremblement de terre de Lisbonne du 1er novembre 1755, la question du mal a été résolue en des termes complètement nouveaux, établis par Rousseau: il n’y a de mal que moral, et il est entièrement de la responsabilité des hommes, y compris les dommages que causent les catastrophes naturelles. Cependant, cette solution a volé à son tour en éclat avec les catastrophes morales du 20ème siècle. Face aux nouvelles menaces qui mettent en péril la survie de l’humanité, il convient de reposer la question du mal en termes neufs.
The Lisbon earthquake of 1 November 1755 produced a completely new concept of evil, formulated by Rousseau: there is only moral evil, and man is entirely responsible for it, including the damage caused by natural disasters. But this idea splintered with the moral disasters of the twentieth century. With new threats to human survival, we need to look at evil in new terms.