JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os pacientes obesos podem representar um desafio anestésico perioperatório único, tornando as técnicas anestésicas regionais um meio desafiador de oferecer analgesia para esta população. A orientação por ultrassom foi recentemente elogiada como sendo benéfica para esta população na qual os limites anatômicos de superfície podem ser obscurecidos. Neste estudo, é investigado o efeito do Índice de Massa Corporal (IMC) elevado no bloqueio interescalênico do nervo periférico guiado por ultrassom. MATERIAL E MÉTODOS: Este estudo é uma análise retrospectiva de 528 pacientes consecutivos que receberam bloqueios nervosos interescalênicos pré-operatórios guiados por ultrassom no Hospital e Clínica da University of Wisconsin. Examinamos a associação entre IMC e os parâmetros: tempo exigido para localização do bloqueio; presença de náuseas e vômitos pós-operatórios (NVPO); pontuações de dor pós-operatória na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA); volume de anestésico local injetado; complicações agudas; e administração de opioides antes, durante e depois da cirurgia. Foram utilizadas regressões univariada e multivariada com estimativa dos mínimos quadrados e logística. RESULTADOS: Um IMC elevado foi associado a maiores: tempo exigido para localização do bloqueio (p = 0,025), administração de fentanil durante a cirurgia (p < 0,001), pico de pontuações de dor em SRPA (p < 0,001), administração de opioide na SRPA (p < 0,001), administração oral de opioide na SRPA (p < 0,001), administração total de opioide na SRPA (p < 0,001) e incidência de náusea em SRPA (p = 0,025). CONCLUSÕES: Os bloqueios nervosos interescalênicos guiados por ultrassom para analgesia perioperatória podem ser executados de forma segura e efetiva em pacientes obesos, mas o procedimento pode ser mais difícil e a analgesia talvez não seja completa
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Obese patients can pose a unique perioperative anesthetic challenge, making regional anesthetic techniques an intriguing means of providing analgesia for this population. Ultrasound guidance has been touted recently as being beneficial for this population in which surface landmarks can become obscured. In this study, the effect of increased Body Mass Index (BMI) on ultrasound guided interscalene peripheral nerve blockade is investigated. MATERIAL AND METHODS: This study is a retrospective review of 528 consecutive patients who received preoperative ultrasound-guided interscalene nerve blocks at the University of Wisconsin Hospital and Clinics. We examined the association between BMI and the following parameters: time required for block placement; presence of Postoperative Nausea and Vomiting (PONV); postoperative Post Anesthesia Care Unit (PACU) pain scores; volume of local anesthetic injected; acute complications; and opioid administration preoperatively, intraoperatively, and postoperatively. Univariate and multivariate least squares and logistic regression models were used. RESULTS: An elevated BMI was associated with an increased: time required for block placement (p-value = 0.025), intraoperative fentanyl administration (p-value < 0.001), peak PACU pain scores (p-value < 0.001), PACU opioid administration (p-value < 0.001), PACU oral opioid administration (p-value < 0.001), total PACU opioid administration (p-value < 0.001) and incidence of PACU nausea (p-value = 0.025) CONCLUSIONS: Ultrasound guided interscalene nerve blocks for perioperative analgesia can be safely and effectively performed in the obese patient but they may be more difficult to perform and analgesia may not be as complete
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Los pacientes obesos pueden representar un reto anestésico perioperatorio único, haciendo con que las técnicas anestésicas regionales sean un medio extraño a la hora de ofrecer la analgesia para esa población. La orientación por ultrasonido fue recientemente elogiada como una beneficiosa técnica para esos pacientes, en que los límites de superficie pueden quedar oscuros. En este estudio, se investiga el efecto del Índice de Masa Corporal (IMC), elevado, en el bloqueo interescalénico del nervio periférico guiado por ultrasonido. MATERIAL Y MÉTODOS: Este estudio es un análisis retrospectivo de 528 pacientes consecutivos, que recibieron bloqueos nerviosos interescalénicos preoperatorios, guiados por ultrasonido, en el Hospital y en la Clínica de la University of Wisconsin. Examinamos la asociación entre el IMC y los siguientes parámetros: tiempo exigido para la localización del bloqueo; presencia de náuseas y vómitos postoperatorios (NVPO); puntuaciones de dolor postoperatoria en la sala de recuperación postanestésica (SRPA); volumen del anestésico local inyectado; complicaciones agudas; y administración de opioides antes, durante y después de la cirugía. Se usaron los mínimos cuadrados de solamente una variable y muchas variables y modelos de regresión logística. RESULTADOS: Un IMC elevado se asoció a un mayor tiempo exigido para la localización del bloqueo (p = 0,025), administración de fentanil durante la cirugía (p < 0,001), pico de puntuaciones de dolor SRPA (p < 0,001), administración de opioide SRPA (p < 0,001), administración oral de opioide SRPA (p < 0,001), administración total de opioide SRPA (p < 0,001) y aparecimiento de nauseas SRPA (p = 0,025). CONCLUSIONES: Los bloqueos nerviosos interescalénicos guiados por ultrasonido para la analgesia perioperatoria, pueden ser ejecutados de forma segura y efectiva en pacientes obesos, pero el procedimiento puede ser más difícil y la analgesia tal vez no sea la más completa