RESUMO O HPV é a doença sexualmente transmissível mais frequente no mundo e entre jovens e sexualmente ativos, sendo que 50% dos casos novos ocorrem nos primeiros três anos após o início da atividade sexual. A infecção por este vírus é a principal alteração necessária à ocorrência do câncer do colo do útero. Este trabalho visa avaliar o nível de conhecimento de acadêmicos de uma universidade particular de Curitiba, dos cursos de Enfermagem, Odontologia e Medicina, sobre o HPV. É um estudo transversal observacional descritivo com coleta prospectiva, por meio da aplicação de 527 questionários a estudantes da Universidade Positivo de Curitiba de junho a agosto de 2014. Pertenciam ao sexo masculino 29,5% (N = 155) dos alunos e ao sexo feminino 70,4% (N = 369), com média de idade de 21,85 anos (DP = 4,38). A quantidade de acertos foi maior no curso de Medicina em quase todas as questões sobre conhecimento. Quanto à prevenção do HPV, a maior parte dos estudantes conhecia os meios de transmissão do HPV, sendo que 56,6% (N = 272) citaram corretamente mais de um método preventivo e 41,3% (N = 212) afirmaram que a vacina é o método mais eficaz de prevenção. Sobre o conhecimento das situações que aumentam o risco de transmissão, mais estudantes consideraram que múltiplos parceiros representam maior risco que o não uso de preservativo. Apesar de 86,4% (N = 434) afirmarem já ter ouvido falar do HPV, 76,8% (N = 398) afirmaram que o HPV pode apresentar sintomas, e somente 13% (N = 69) conheciam os efeitos a longo prazo. Do total de estudantes sexualmente ativos, 75,57% (N = 396) usam algum método contraceptivo, sendo o anticoncepcional oral o mais utilizado, com 61% (N = 137), seguido do preservativo masculino, com 33% (N = 73). Das alunas sexualmente ativas com parceiro fixo, 63% (N = 193) realizam visitas anuais ao ginecologista e, destas, 14% (N = 44) nunca fizeram o preventivo. Os estudantes estiveram acima da média esperada na maioria das questões.
ABSTRACT HPV (human papillomavirus) is the world’s most common sexually transmitted disease among people who are sexually active, with 50% of new cases occurring in the first three years after the onset of sexual activity. Infection with this virus is the main alteration required for the occurrence of cervical cancer. This study aims to evaluate the academic level of knowledge among students at a private university in Curitiba, using questionnaires on nursing, dentistry and medicine courses. By means of a descriptive, observational, cross-sectional study, prospective data was collected through a questionnaire given to students at the Universidade Positivo in Curitiba from June to August, 2014. 527 questionnaires were given to students, with 29.5% (N = 155) of respondents male and 70.4% (N = 369) female, and a mean age of 21.85 years (SD = 4.38). The number of correct answers was higher in medical school in nearly all questions. In terms of preventing HPV, most students knew how HPV is transmitted, with 56.6% (N = 272) correctly quoting more than one preventive method and 41.3% (N = 212) reporting that the vaccine is the most effective preventive method. In terms of knowledge of situations that increase the risk of transmission, most students felt that multiple partners represented a greater risk than not using condoms. Although 86.4% (N = 434) stated that they have heard of HPV, 76.8% (N = 398) reported that HPV may have symptoms and only 13% (N = 69) knew the long-term effects. Of all sexually active students, 75.57% (N = 396) used contraceptive methods, with the oral contraceptive used by 61% (N = 137), followed by the male condom with 33% (N = 73). 63% (N = 193) of sexually active female students with a regular partner conducted annual visits to their gynecologist, and of these, 14% (N = 44) never used prevention. The students scored above the expected average on most issues.