RESUMO O surgimento do HIV impactou os serviços de saúde abruptamente em 1981, inicialmente afetando grupos sociais restritos. Atualmente, com o desenvolvimento da terapia antirretroviral, nos deparamos com uma doença diferente da encarada na década de 80, agora com uma evolução crônica. Todavia, algumas barreiras permanecem as mesmas, como o impacto social, mental e físico do diagnóstico na vida da pessoa que vive com HIV. O objetivo do presente estudo é verificar carga viral, contagem de linfócitos CD4+, e qualidade de vida de pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana. A presente pesquisa trata-se de um estudo observacional transversal com amostra de 24 indivíduos de ambos os sexos, com sorologia positiva para HIV, em acompanhamento médico sob tratamento antirretroviral. Foi utilizado um instrumento próprio para a coleta de informações sociodemográficas. Os resultados de contagem de CD4+ e a Carga Viral do HIV foram coletados dos prontuários médicos dos pacientes. A Qualidade de vida (QV) foi avaliada através do WHOQOL-HIV-BREF. Foi utilizada a análise descritiva para a caracterização do perfil da amostra. Os participantes (46,8± 9,2 anos) possuem ensino médio completo (41,8%), com renda de um a três salários mínimos (37,5%). Apresentam de um a três anos de diagnóstico e contagem de linfócitos CD4 acima de 500 mm3 de sangue (75%). Em relação à QV, os participantes apresentaram média mais alta para o domínio físico (26,7± 5,3) e mais baixa para os domínios de meio ambiente (10,9± 2,7) e relações sociais (12,2± 2,8). O estudo conclui que as pessoas que vivem com HIV participantes do estudo são adultos jovens, com renda e nível de escolaridade baixas, apresentam baixa qualidade de vida em relação aos domínios meio ambiente e relações sociais.
ABSTRACT The emergence of HIV abruptly impacted health services in 1981, initially affecting restricted social groups. Currently, with the development of antiretroviral therapy, we are faced with a different disease from the one seen in the 80s, now with a chronic evolution. However, some barriers remain the same, such as the social, mental and physical impact of the diagnosis on the life of the person living with HIV. The objective of the present study was to verify the viral load, CD4+ lymphocyte count, and quality of life of people living with the human immunodeficiency virus. This was a cross-sectional observational research with a sample of 24 individuals of both sexes, with positive serology for HIV, in medical follow-up under antiretroviral treatment. A specific instrument was used to collect sociodemographic information. CD4+ count and HIV viral load results were collected from patients’ medical records. Quality of life (QoL) was assessed using the WHOQOL-HIV-BREF. Descriptive analysis was used to characterise the sample profile. Participants (46.8± 9.2 years) have completed high school (41.8%), with an income of one to three minimum wages (37.5%). They present a three-year diagnosis and CD4 lymphocyte count above 500 mm3 of blood (75%). Regarding QoL, the participants had a higher average for the physical domain (26.7± 5.3) and lower averages for the environment domains (10.9± 2.7) and social relationships (12.2± 2.8). The study concludes that the people living with HIV who participated in the study are young adults, with low income and level of education, with a low quality of life in relation to the environment and social relations domains.