OBJETIVO: compreender as representações sociais de emergências de saúde pública entre gestores que experienciaram a Pandemia de Influenza A (H1N1), de 2009. MÉTODO: pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, encontrando na Teoria das Representações Sociais sua fundamentação teórico-metodológica. As informações foram obtidas pelas técnicas de associação livre e de entrevistas semiestruturadas, aplicadas individualmente a gestores que atuavam em diferentes instâncias da estrutura gerencial hierárquica da instituição, durante a emergência pandêmica, num total de 30 participantes. RESULTADOS E DISCUSSÃO: a análise de conteúdo temática resultou nas categorias: vulnerabilidade, proteção da saúde, descaso - zonas nebulosas da esfera pública e integralidade. As representações sociais de emergências de saúde pública atestam permanências que transitam pela sobrevalorização de discursos negativos ligados ao espaço público da saúde/ensino, naturalização do caráter substancial de epidemia e normativo da ação gerencial. Entretanto, a defesa da educação permanente como necessidade, associada à gestão das emergências, acena possibilidades de mudança na percepção técnico-científica da gestão. CONCLUSÕES: o entendimento do trabalhador da saúde/enfermagem, enquanto ser político, assumindo responsabilidades nos espaços das macro e micropolíticas do Estado, dos hospitais universitários e das equipes de trabalho são caminhos que se desenham para a gestão das emergências.
AIM: to comprehend the social representations of public health emergencies among managers who experienced the Influenza A (H1N1) Pandemic of 2009. METHOD: a qualitative case study, with its theoretical and methodological framework based on the Theory of Social Representations. The data was obtained through the techniques of free association and semi-structured interviews, applied individually to managers who worked in different positions of the hierarchical management structure of the institution during the pandemic emergency, a total of 30 participants. RESULTS: thematic content analysis resulted in the following categories: vulnerability, health protection, neglect - gray areas of the public sphere, and integrality. The social representations of public health emergencies attest to continuities that transit the overvalorization of negative discourses linked to the health/education public space, naturalization of the substantial character of the epidemic, and normative managerial action. However, the defense of ongoing education as a necessity associated with emergency management revealed possibilities for change in the technical-scientific perception of the management. CONCLUSIONS: to understand healthcare/nursing workers as political beings, assuming responsibilities in the areas of the macro and micro policies of the State, the university hospitals and the work teams, is a pathway that is emerging for the management of emergencies.
OBJETIVO: comprender las representaciones sociales de emergencias de salud pública entre gestores que experimentaron la Pandemia de Influenza A (H1N1) de 2009. MÉTODO: investigación cualitativa, del tipo estudio de caso, que encuentra su fundamentación teórica metodológica en la Teoría de las Representaciones Sociales. Las informaciones fueron obtenidas por medio de las técnicas de asociación libre y de entrevistas semiestructuradas, aplicadas individualmente a gestores que actuaban en diferentes instancias de la estructura administrativa jerárquica de la institución, durante la emergencia pandémica, en un total de 30 participantes. RESULTADOS: el análisis de contenido temático resultó en las categorías: vulnerabilidad, protección de la salud, negligencia - zonas nebulosas de la esfera pública e integralidad. Las representaciones sociales de emergencias de salud pública comprueban permanencias que transitan por la sobrevalorización de discursos negativos ligados al espacio público de la salud/enseñanza, naturalización del carácter substancial de epidemia y normatividad de la acción administrativa. Entretanto, la defesa de la educación permanente como necesidad asociada a la gestión de las emergencias señala posibilidades de realizar cambios en la percepción técnica científica de la gestión. CONCLUSIONES: el entendimiento de los trabajadores de la salud/enfermería, como ser político, que asume responsabilidades en los espacios de las macro y micro políticas del Estado, de los hospitales universitarios y de los equipos de trabajo, son caminos que se diseñan para la gestión de las emergencias.