O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Santa Maria, para determinar o efeito do sombreamento sobre o crescimento do tomateiro em cultivo protegido. A semeadura foi feita em 04/07/00 e o plantio em 27/08, na densidade de 3,3 plantas m-2, empregando substrato comercial orgânico. A água e os nutrientes foram fornecidos diariamente através de uma solução nutritiva. Dois túneis de polietileno (2,20 m de altura, 5 m de largura e 15 m de comprimento) foram empregados. Em um dos túneis, a transmissividade da radiação solar global foi de 83% e plantas testemunha foram cultivadas, empregando-se o mesmo manejo praticado na produção comercial dessa cultura. Plantas sombreadas foram cultivadas no segundo túnel, onde por ocasião da antese da primeira inflorescência foi instalada uma tela com 52% de sombreamento, logo abaixo do filme de polietileno de cobertura do túnel. O crescimento e o desenvolvimento foram determinados aos 19; 26; 33; 40; 47; 54; 61; 75 e 89 dias após o início da antese. A média diária de radiação solar global dentro do túnel testemunha, no período entre o plantio e o final do experimento foi de 12,4 MJ m-2 dia-1, enquanto no túnel sombreado, após a instalação da tela de sombreamento, foi de 5,0 MJ m-2 dia-1. O número de frutos por unidade de área de solo não diferiu significativamente entre as plantas testemunha e sombreadas. Na última coleta a massa seca das plantas testemunha e sombreadas diferiu significativamente e os valores foram, respectivamente, 974,9 g m-2 e 762,5 g m-2 para a massa seca total, 550,1 g m-2 e 419,74 g m-2 para os frutos e 424,75 g m-2 e 342,74 g m-2 para os órgãos vegetativos. A massa seca total foi reduzida em 21,7% pelo sombreamento, porém as plantas continuaram a crescer, apesar do nível de radiação inferior ao limite trófico de 8,4 MJ m-2 dia-1. Para determinar a disponibilidade climática de hortaliças em diferentes regiões é recomendável levar em consideração também outras variáveis climáticas além da radiação solar.
The experiment was conducted at Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul State, Brazil, to determine the effect of shading on tomato plants grown in a greenhouse. Sowing was done on July 4th and planting on August 27th, 2000, in a plant density of 3.3 plants m-2, using an organic commercial rooting medium. Water and nutrients were supplied on a daily basis using a nutrient solution. Two polyethylene tunnels (2.20 m height, 5 m width, 15 m length) were used. In the first plastic tunnel, used as control, the transmissivity of global radiation was 83% and plants were conducted as a commercial crop. In the second tunnel, plants were grown under a 52% shading screen. Plant growth and development were measured at 19; 26; 33; 40; 47; 54; 61; 75 and 89 days after beginning of anthesis. Daily average solar radiation in the first tunnel from planting time to the end of the experiment was 12.4 MJ m-2 day-1, whereas in the shaded tunnel it was 5.0 MJ m-2 day-1. Number of fruits per square meter did not differ significantly between the unshaded control and shaded tomato plants. At the last harvest, dry mass from unshaded and shaded plants differed significantly, with values of 974.9 g m-2 and 762.5 g m-2 for total dry mass, 550.1 g m-2 and 419.74 g m-2 for fruits, and 424.75 g m-2 and 342.74 g m-2 for vegetative organs, respectively. Total plant growth was reduced to 21.7% by shading, but plants continued to grow, in spite of the radiation level below the trophic limit of 8.4 MJ m-2 day-1. To establish the climatic suitability of horticultural crops in different regions, it should be advisable to take in account other variables than solar radiation.