Esta pesquisa investigou o papel dos fragmentos florestais urbanos no conforto térmico. Para tanto, foram monitoradas cinco localidades na cidade de Campinas (Brasil) durante o verão, outono e inverno de 2009. Os dados microclimáticos foram obtidos com o uso de uma estação meteorológica portátil, que mediu temperatura e umidade do ar, radiação, velocidade do vento e temperatura de globo. Além disso, aplicou-se questionários estruturados e fez-se observações de campo para a avaliação das condições de conforto térmico e da percepção ambiental dos usuários. Os índices PMV e PET foram calculados com o software RayMan 1.2 e comparados com os votos dados nas entrevistas. Os resultados indicam que os fragmentos florestais urbanos contribuem para o conforto térmico. A porcentagem de indivíduos sob condição de neutralidade térmica varia entre os índices: 72,4% consideravam-se confortáveis; 63,3% encontravam-se na faixa de temperatura PET entre 18 °C e 23 º C; e 39,8% estavam na faixa de conforto do PMV entre -0,5 a +0,5. Os usuários percebem os bosques como locais confortáveis, o que é atribuído à presença da natureza. No entanto, notam problemas relacionados à conservação e à ocupação das áreas. O microclima específico da floresta, o ar fresco e a percepção de ar puro foram citados pela população e podem ser relacionados ao conforto ambiental.
This study investigated the role of urban forest fragments in thermal comfort. For that purpose, five different locations in the city of Campinas (Brazil) were monitored during the summer, autumn and winter of 2009. Microclimatic data were obtained with the use of a portable weather station that measured air temperature, air humidity, radiation, wind speed and globe temperature. In addition, structured interviews and field observations were carried out to evaluate the thermal comfort conditions and the occupants' perceptions of their environment. The PMV and PET indices were calculated by the RayMan 1.2 software and compared with the actual votes obtained through the interviews. The results indicate that urban forest fragments improve thermal comfort. The percentage of subjects reported as thermally neutral varied between indices: 72.4% were found comfortable, 63.3% were in the PET limit of 18-23º C, and 39,8% were in the PMV range of -0.5 to +0.5. Occupants perceived those places as comfortable, linking this to nature, but they also observed some problems regarding conservation and occupation. The specific forest microclimate, fresh air, and the perception of clean air were also cited by the population and can be linked to environmental comfort.