ABSTRACT Measurements of biodiversity can be used to assess the scale of anthropogenic impact and predict species loss. A great number of diversity measures exist involving species richness and relative abundance that differ in how they are calculated. The choice of the adequate biodiversity measure to compare biological communities poses a challenge. The aim of this study was to evaluate the ability of 26 diversity measures to differentiate land cover types in the eastern Brazilian Amazon. Diversity was inventoried and quantified in three vertical strata in six locally dominant land cover types: primary and secondary forests, agroforestry systems, oil palm plantations, annual croplands and pastures. No diversity measure was able to differentiate all land cover types in every stratum. Fisher’s alpha was able to differentiate cover types in the middle and upper strata, while Smith-Wilson and Jentsch’s mixture quotient were able to differentiate in the lower and upper strata, and heterogeneity indices only differentiated in the upper stratum. The distinction and ranking of plant diversity among land covers depended on the diversity measure chosen. The number and types of land cover and vertical strata were a key factor in the ability of the diversity measure to differentiate among them.

RESUMO Medidas da biodiversidade podem ser usadas para avaliar a escala de impactos antropogênicos e prever a perda de espécies. Existem muitas medidas de diversidade envolvendo riqueza e abundância relativa de espécies, que diferem na forma em que são calculadas. A escolha da medida de biodiversidade adequada para comparar diferentes comunidades biológicas representa um desafio. O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de 26 medidas de diversidade para diferenciar classes de cobertura do solo na Amazônia oriental brasileira. A diversidade foi inventariada e quantificada em três estratos verticais em seis tipos de cobertura do solo localmente dominantes: florestas primárias e secundárias, plantações de dendezeiros, sistemas agroflorestais, áreas de cultivo anual e pastagens. Nenhuma medida de diversidade foi capaz de diferenciar todas as classes de cobertura em cada estrato. O alfa de Fisher foi capaz de diferenciar tipos de cobertura nos estratos médio e superior, enquanto o Smith-Wilson e o quociente de mistura de Jentsch diferenciaram nos estratos inferiores e superiores, e os índices de heterogeneidade apenas diferenciaram no estrato superior. A distinção e a ordenação da diversidade de plantas entre as coberturas dependeram da escolha da medida de diversidade. O número e os tipos de cobertura da terra e de estratos verticais foram um fator chave na capacidade de distinção das medidas de diversidade.

RESUMO As espécies florestais tolerantes à sombra estão entre as mais suscetíveis à perda de habitat em mosaicos agrícolas, onde uma variedade de terras agrícolas está conectada a florestas em diferentes níveis de distúrbio antropogênico. Este trabalho teve como objetivo avaliar a similaridade da comunidade de espécies tolerantes à sombra entre diferentes tipos de uso da terra em mosaicos agrícolas com diferentes níveis de perturbação. O estudo foi realizado em três municípios localizados no sul e sudeste do estado do Pará. Uma medida de similaridade de comunidade múltipla baseada no índice de similaridade de Horn foi usada para comparar diferentes tipos de uso da terra em três diferentes mosaicos. Alta similaridade de espécies tolerantes à sombra foi encontrada entre fragmentos de florestas maduras que sofreram diferentes níveis de distúrbio nos três mosaicos agrícolas, mas florestas secundárias apresentaram menor semelhança com a floresta madura no mosaico mais fragmentado e alterado. As espécies tolerantes à sombra apresentaram densidades muito baixas nas terras agrícolas, no entanto, o mesmo grupo de espécies tolerantes à sombra parece colonizar os cultivos anuais e as pastagens limpas. Por outro lado, outro grupo de espécies esteve presente em pastagens invadidas. As plantações mistas de árvores foram mais semelhantes às florestas maduras e secundárias do que outros tipos de terras agrícolas. Nossos resultados sugerem que a conservação de florestas maduras e da conectividade da paisagem são cruciais para a manutenção de espécies tolerantes à sombra em mosaicos agrícolas.

ABSTRACT Shade-tolerant forest species are among the most susceptible to habitat loss in agricultural mosaics, where a variety of croplands is connected to forests at different levels of anthropogenic disturbance. We aimed to evaluate the community similarity of shade-tolerant species among different land use types across agricultural mosaics with different levels of disturbance. The study was conducted in three municipalities in southern and southeastern Pará state, in eastern Amazonia. A multiple-community similarity measure based on the Horn similarity index was used to compare land use types and assess the resilience of shade-tolerant species towards forest loss and disturbance at the landscape level. High shade-tolerant species similarity was found between mature forest fragments that underwent different levels of disturbance in all three agricultural mosaics, but secondary forests had lower similarity with mature forest in the most fragmented and altered mosaic. Shade-tolerant species showed very low density in croplands, but the same group of species seemed to colonize agricultural fields of annual crops and clean pasture, as they showed high community similarity. Another group of species was present in invaded pastures, probably due to the effects of time since land abandonment after woody species colonization. Mixed tree plantations were more similar to mature and secondary forests than other types of croplands. Shade-tolerant species similarity was higher among land use types inserted in agricultural landscapes that maintained conserved forest fragments. Our results suggest that the conservation of mature forests and landscape connectivity are crucial to the maintenance of shade-tolerant species in agricultural mosaics.