Resumo Apresenta-se uma reflexão sobre as narrativas que foram elaboradas em torno do que é a América Latina e das quais emergiram uma série de categorias que permitem determinadas e diferentes leituras sobre o nosso continente. Objetiva-se analisar tais narrativas e identificar o que oferecemos para contribuir com o debate sobre as terapias ocupacionais do sul, considerando que a sua implantação atual está diretamente relacionada com as discussões que, por décadas, vem ocorrendo em nossa região. Para tanto, foi realizado um ensaio reflexivo em torno de teorias sociais, incluindo narrativas anticoloniais, pós-coloniais, estudos subalternos, descoloniais, entre outros, selecionando quatro questões que contribuem para a reflexão das terapias ocupacionais do sul: a heterogeneidade contraditória da América Latina, a colonialidade como legado transgeracional da colonização, as políticas de representação que tem assumido o mundo intelectual para observar, estudar e representar a “alteridade” e a colonialidade interna como ponto de partida dos processos de descolonização. Conclui-se que as terapias ocupacionais do sul são reconhecidas pelas narrativas e práticas locais e regionais, tendo grande potencial para mobilizar relações e assimetrias de poder local e globalmente. A ideia da América Latina nos permite identificar as formas pelas quais se tem transformado o curso da profissão e como seguem produzindo novos significados e práticas em resposta aos contextos históricos e temporalidades neste continente.
Abstract It is presented a reflection about the narratives around Latin American concepts and the categories that emerged from these concepts, making the possibility of different readings about our continent. The objective of this article is analyzing these narratives and identifying what they offer to contribute to Southern Occupational Therapies debate. It is considered that their current deployment is directly related to the discussions about them, which have been taking place for several decades in our region. To this end, a reflexive essay is presented based on social theories, including anticolonial, postcolonial, subaltern, and decolonial studies, among others. We have chosen for debates to contribute to the reflection of Southern Occupational Therapies: the contradictory heterogeneity of Latin America, the coloniality as a transgenerational legacy of colonization, politics of representation in the intellectual world and how they have observed, studied, and represented “otherness” and the internal coloniality, as a starting point for processes of decolonization. It is concluded that the Southern Occupational Therapies have been recognized local-regional narratives and practices, having a great potential to mobilize power relations and asymmetries both locally and globally. The idea of Latin America allows us to identify how the course of the profession has been transformed and new meanings and practices have produced in response to historical contexts and temporalities in this continent.
Resumen Se presenta una reflexión sobre las narrativas que se han elaborado en torno a América Latina y desde las cuales han emergido una serie de categorías que posibilitan determinadas y diferentes lecturas sobre nuestro continente. El objetivo es analizar estas narrativas e identificar lo que nos ofrecen para contribuir al debate sobre las Terapias Ocupacionales del Sur considerando que su despliegue tiene directa relación con las discusiones que, desde hace varias décadas, se vienen produciendo en nuestra región. Para ello se realiza un ensayo reflexivo en torno a teorías sociales que incluyen narrativas anticoloniales, poscoloniales, estudios subalternos, decoloniales, entre otras, seleccionando cuatro asuntos que contribuyen a la reflexión de las Terapias Ocupacionales del Sur: la heterogeneidad contradictoria de América Latina, la colonialidad como legado trans-generacional de la colonización, la política de representación que ha asumido el mundo letrado o intelectual para observar, estudiar y representar la “alteridad” y la colonialidad interna como punto de arranque de procesos de descolonización. Se concluye que las terapias ocupacionales del sur se han configurado como un lugar de habla y reconocimiento de las narrativas y prácticas locales-regionales, teniendo una gran potencialidad para movilizar las relaciones y asimetrías de poder tanto a nivel local como global. La idea de América Latina nos permite identificar las maneras en que se ha transformado el curso de la profesión y se siguen produciendo nuevos sentidos y prácticas en respuesta a los contextos históricos y temporalidades en este continente.