OBJETIVO: Avaliar a medida de independência funcional após alta imediata da unidade de terapia intensiva e compará-la com a medida de independência funcional de 30 dias após esse período, além de avaliar possíveis fatores de risco a ela associados. MÉTODOS: Estudo de coorte-prospectivo que incluiu indivíduos que receberam alta da unidade de terapia intensiva e que realizavam fisioterapia nessa unidade. Foi avaliada a independência funcional por meio da medida de independência funcional no momento da alta da unidade de terapia intensiva e 30 dias após esse período, por meio de telefonema. Os pacientes estiveram internados na unidade de terapia intensiva do Hospital Santa Clara (Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre), no período de maio a agosto de 2011. RESULTADOS: Durante período preestabelecido de coleta de dados, 44 pacientes preencheram os critérios de inclusão no estudo. A média de idade dos pacientes foi de 55,4±10,5 anos, 27 eram do gênero feminino e 15 dos casos internaram por doença pulmonar. Os pacientes apresentaram medida de independência funcional de 84,1±24,2. Quando essa medida foi comparada à de 30 dias após alta, observou-se melhora da independência funcional, exceto para a variável que dizia respeito a controle de esfíncteres. Não houve significância estatística ao se comparar em gênero, idade, diagnóstico clínico, tempo de internação na unidade de terapia intensiva, tempo de ventilação mecânica e a presença de sepse nesse período. CONCLUSÃO: A independência funcional, avaliada por meio da escala de medida de independência funcional, mostrou-se melhor 30 dias após a alta da unidade de terapia intensiva, não sendo possível definir possíveis fatores a ela relacionados.
OBJECTIVE: 1) To evaluate the functional independence measures immediately after discharge from an intensive care unit and to compare these values with the FIMs 30 days after that period. 2) To evaluate the possible associated risk factors. METHODS: The present investigation was a prospective cohort study that included individuals who were discharged from the intensive care unit and underwent physiotherapy in the unit. Functional independence was evaluated using the functional independence measure immediately upon discharge from the intensive care unit and 30 days thereafter via a phone call. The patients were admitted to the Hospital Santa Clara intensive care unit during the period from May 2011 to August 2011. RESULTS: During the predetermined period of data collection, 44 patients met the criteria for inclusion in the study. The mean age of the patients was 55.4±10.5 years. Twenty-seven of the subjects were female, and 15 patients were admitted due to pulmonary disease. The patients exhibited an functional independence measure of 84.1±24.2. When this measure was compared to the measure at 30 days after discharge, there was improvement across the functional independence variables except for that concerned with sphincter control. There were no significant differences when comparing the gender, age, clinical diagnosis, length of stay in the intensive care unit, duration of mechanical ventilation, and the presence of sepsis during this period. CONCLUSION: Functional independence, as evaluated by the functional independence measure scale, was improved at 30 days after discharge from the intensive care unit, but it was not possible to define the potentially related factors.