RESUMO Apesar das primeiras decepções, os três principais tipos de transplante visceral (isolado intestino, fígado, intestino, multivisceral) têm evoluído para tornarem-se o tratamento padrão para pacientes com insuficiência nutricional e patologia abdominal complexa. Aloenxertos viscerais foram avaliados em estudos clínicos, radiológicos, endoscópicos e histopatológicos. Funções de absorção do intestino transplantado foram avaliadas através de peso corporal, índice de massa corporal e escores "z", níveis séricos de albumina, vitaminas e oligoelementos, bem como através de medições de densidade mineral óssea. Rejeição de enxerto, infecção e insuficiência renal, são as principais causas de morte. Além disso, apoio social não-funcionante e progressão da doença primária contribuem para as taxas de mortalidade para além dos marcos de acompanhamento de cinco e dez anos. Eventos remotos, incluindo rejeição aguda pós-transplante, desordem linfoproliferativa e doença enxerto-versus-hospedeiro foram significativamente maiores em pacientes pediátricos. Destinatários adultos estão sujeitos a maior incidência de malignidade, com recorrência da doençaprimária e saúde óssea prejudicada. As principais causas de morte são falha do enxerto, complicações da terapia, desordem linfoproliferativa, progressão da doença primária e outros, tais como o abuso de drogas, suicídio e falta de apoio. De um modo geral, o estado de saúde tem sido sustentado com êxito através de intervenções para tratar a hipertensão, diabetes, osteoporose e insuficiência renal. Apesar de recorrência da doença e de morbidades relacionadas com imunossupressão a longo prazo, o estado de saúde da maioria dos sobreviventes tem sido mantido com intervenções bem sucedidas para tratar co-morbidades. Com a melhoria contínua nos índices de sobrevivência inicial ena eficácia de reabilitação a longo prazo, o transplante visceral deve ser considerado como a melhor opção terapêutica para pacientes com insuficiência intestinal grave.
Despite early disappointments, the three main types of visceral transplantation (isolated intestine, liver intestine, and multivisceral) have evolved into the standard of care for patients with nutritional failure and complex abdominal pathology. Visceral allografts have been assessed in clinical, radiological, endoscopic, and histopathologic studies. Absorptive functions of engrafted intestine have been assessed by body weight, body mass index, and z scores, serum levels of albumin, vitamins, and trace elements, as well as measurements of bone mineral density. Allograft rejection, infection, and renal failure, are the leading causes of death. Additionally, nonfunctional social support and progression of primary disease contribute to mortality rates beyond the fiveand ten-year follow-up landmarks. Remote events, including acute rejection, post-transplant lymphoproliferative disorder, and graft-versus-host-disease were significantly higher in pediatric recipients. Adult recipients experience higher incidences of de novo malignancy, primary disease recurrence, and impaired skeletal health. The leading causes of death are graft failure, complications of therapy, post-transplant lymphoproliferative disorder, progression of primary disease, and others, such as substance abuse, suicide and lack of support. Health status was sustained with successful interventions to treat hypertension, diabetes, osteoporosis, and renal failure. In spite of disease recurrence and long-term immunosuppression-related morbidities, the health status of most survivors has been sustained with successful interventions to treat occurring co-morbidities. With continual improvement in early survival and long-term rehabilitative efficacy, visceral transplantation should be considered a better therapeutic option for patients with severe intestinal failure.