A pesquisa trata da espacialização da ocupação da soja, levantada por imagens de satélite, em duas áreas no Planalto e Chapada dos Parecis, estando a Área I sob influência do eixo da BR-364 e a área II da BR-163. Estudaram-se os municípios consolidados, expandindo-se ou projetando-se no cultivo da soja, motivados pela implantação de rodovias. Na Área I, estão: Brasnorte, Campos de Júlio, Sapezal e Campo Novo dos Parecis e, na Área II: Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Vera, Nova Ubiratã, Santa Carmem e Claudia. Embora a soja possibilite o crescimento econômico, contribuindo para melhorar o padrão e qualidade de vida, concomitantemente, desencadeia inúmeros conflitos ambientais, ecológicos e sociais, pois, à medida que a fronteira agrícola avança e inovações são introduzidas, mudanças radicais são provocadas na estrutura da região gerenciada pelos atores hegemônicos. A vegetação natural torna-se fragmentada e simplificada no domínio de uma monocultura cultivada com presença de tecnologia de ponta, para maior produtividade voltada à exportação. Também, assoreamento e contaminação dos rios, mudanças no regime hidrológico, processos erosivos, pressões dentro e em torno das reservas indígenas, além da incorporação desta economia pelos índios, resultando em grandes desmatamentos nas reservas, desigualdades sociais e prostituição.
Addresses the spread of soybean occupation, surveyed by satellite images in two areas in the Planalto and Chapada dos Parecis. Area I is located under the influence of highway BR-364, and Area II is within the area of BR-163. The study analyzed districts that are consolidated or in the process of expanding soybean growing, motivated by highway construction. In Area I we have the municipalities of: Brasnorte, Campos de Júlio, Sapezal and Campo Novo dos Parecis, and in Area II we have Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Vera, Nova Ubiratã, Santa Carmen and Claudia. Although soybean has contributed to economic growth by helping to improve the standard and quality of life, it has also caused severe environmental, ecological and social impact, for as the agricultural frontier advances and innovations are introduced, radical changes are caused by the hegemonic actors to the structure of the managed region. The natural vegetation becomes fragmented and simplified in the domain of a monoculture, which is grown using high technology in an attempt to obtain greater productivity for export. Also, silting and contamination of the rivers, changes in the hydrological regime, erosive processes, pressures in the Indian reserves and their surroundings, in addition to the incorporation of this economic system by the Indians, resulting in big deforestation in the reserves, as well as social inequalities and prostitution.