RESUMO OBJETIVO: Este estudo foi realizado para obtenção do título de Mestre em Medicina, Novembro/2012-Julho/2013. A melhoria do débito cardíaco após a administração de fluidos é conhecida como a capacidade de resposta do fluido. Um parâmetro confiável para sua avaliação é a variação da pressão de pulso, cuja utilidade na previsão da capacidade de resposta volêmica em pacientes sob ventilação mecânica é reconhecida. MÉTODO: A variação de pressão de pulso foi analisada em 10 suínos machos, anestesiados em quatro diferentes estágios: I) normovolemia e respiração espontânea; II) hipovolemia e respiração espontânea; III) hipovolemia sob ventilação mecânica; e IV) após a reposição volêmica, sob ventilação mecânica. O débito cardíaco, a pressão de oclusão da artéria pulmonar, a variação da pressão sistólica, a pressão arterial média e frequência cardíaca foram medidos em todas as fases; a contagem de hemácias foi determinada nas fases I, II e IV. RESULTADOS: Os valores de variação de pressão de pulso durante a hipovolemia com respiração espontânea (estágio II) foram significativamente maiores do que em qualquer outra fase Após a instituição da ventilação mecânica, os valores de variação de pressão de pulso voltaram ao valor inicial, sem a administração de fluidos. Os valores mais baixos foram obtidos após a reposição. CONCLUSÃO: Os valores de variação da pressão de pulso são maiores durante a respiração espontânea do que durante a ventilação mecânica. Assim, esse parâmetro pode ser útil para a avaliação do volume de fluido sob estas condições. Os valores da linha de base devem ser tomados como ponto de partida contra o qual as medições seriadas devem ser comparadas após a instituição da terapêutica específica.
OBJECTIVE: This study was performed to obtain the title of Master in Medicine, Nov/2012-Jul/2013. Improvement in cardiac output after fluid administration is known as fluid responsiveness. A reliable parameter for its evaluation is pulse pressure variation: it has established its utility in predicting volume responsiveness in mechanically ventilated patients. METHOD: Pulse pressure variation was analyzed in 10 anesthetized male pigs at four different stages: I) normovolemia and spontaneous breathing; II) hypovolemia and spontaneous breathing; III) hypovolemia under mechanical ventilation; and IV) after volume replacement, under mechanical ventilation. Cardiac output, pulmonary artery occlusion pressure, systolic pressure variation, mean arterial pressure, and heart rate were measured at all stages; red blood cell count was determined at stages I, II, and IV. RESULTS: Mean pulse pressure variation values during hypovolemia with spontaneous breathing (stage II) were significantly higher than at any other stage. After institution of mechanical ventilation, pulse pressure variation values returned to baseline without fluid administration. The lowest values were achieved after volume replacement. CONCLUSION: Pulse pressure variation values are higher during spontaneous breathing than during mechanical ventilation. Thus, it may be useful for assessment of fluid volume under these conditions, with baseline values as a starting point to which serial measurements should be compared after institution of specific therapy.