Objetivou-se neste trabalho avaliar a persistência e o risco de intoxicação de espécies de eucalipto para mistura de herbicidas picloram + 2,4-D em aplicação prévia ao plantio florestal. O experimento foi implantado em campo, em delineamento inteiramente casualizado com 6 repetições, no esquema fatorial 4 x 5, com quatro espécies (Eucalyptus urophylla, E. globulus, E. saligna e Corimbia citriodora) e cinco doses de herbicida à base de picloram + 2,4-D (64 + 240gL-1 ): 0, 3, 4, 5 e 6Lha-1 do produto, aplicadas 30 dias antes da implantação da cultura. Aos 15 e 40 dias após o plantio (DAP), foram feitas avaliações fisiológicas. Aos 90 dias após a aplicação do herbicida (DAA), foi realizado um bioensaio para identificar o efeito residual do produto. Nenhuma espécie apresentou sintoma visível de intoxicação, porém ocorreram alterações fisiológicas. Para taxa fotossintética, houve diferentes respostas, com redução para maiores doses, exceto em E. saligna. Aos 15DAP E. saligna e E. urophylla apresentaram taxas superiores para condutância estomática e transpiração. Aos 40 DAP, constatou-se que o aumento das doses ocasionou diminuição linear na condutância estomática. A eficiência no uso da água das plantas foi menor aos 15 DAP nas doses mais elevadas, não havendo alterações aos 40 DAP. Não foram observados sintomas de intoxicação no bioindicador aos 90 DAA. Entretanto, o aumento das doses aplicadas ocasionou efeito linear positivo no acúmulo de biomassa do bioindicador. A mistura de picloram + 2,4-D não causou alterações morfológicas, porém desencadeou respostas fisiológicas negativas nas plantas.
The objective was the assessment of the persistence and risk of intoxication of eucalyptus species by mixing picloram 2,4-D herbicide on application prior to forest planting. The experiment was deployed in the field in a completely randomized design with 6 repetitions, in a 4 x 5 factorial scheme, with four species (Eucalyptus urophylla, E.globulus, E.saligna and Corimbia citriodora) and five doses of the picloram base herbicide + 2,4-D (64 + 240 g L-1): 0, 3, 4, 5, and 6 L ha-1 of the product, applied 30 days before deployment of culture. At 15 and 40 days after planting (DAP), physiological assessments were carried out. At 90 days after herbicide application (DAA) a bioassay took place to identify the residual effect of the product. No species showed visible symptoms of intoxication; however, there were physiological changes. For photosynthetic rate there were different responses, with reduction for larger doses, except in E.saligna. At 15 DAP, E.saligna and E.urophylla showed higher rates for stomatal conductance and transpiration. At 40 DAP, it was found that increasing the doses caused a linear decrease in stomatal conductance. Water use efficiency of plants was lower at 15 DAP in higher doses, with no changes at 40 DAP. Toxic symptoms were not noticed the in bioindicator at 90 DAA. However, increasing the applied doses caused a positive linear effect on the accumulation of biomass of the bioindicator. The mixture of picloram + 2,4-D did not cause morphological changes, but triggered negative physiological responses in the plants.