RESUMO O objetivo deste estudo é verificar se as desigualdades por nível educacional encontradas na população em geral também se confirmam entre aqueles que aderiram aos seguros de pessoas e/ou previdência privada aberta no Brasil entre 2012 e 2017. Este estudo é precursor na estimativa dos diferenciais de mortalidade por nível educacional em populações com seguros de pessoas e previdência privada aberta no Brasil. A pesquisa contribui com a compreensão dos fatores socioeconômicos relacionados às condições de vida e, consequentemente, à mortalidade. Os resultados mostram que, mesmo em uma população que registra taxas de mortalidade mais baixas e expectativas de vida mais elevadas em comparação à população brasileira em geral, o nível educacional tem um papel relevante como fator protetivo. Os dados de população e de óbitos foram fornecidos por 23 grupos seguradores. Por meio de um acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência Social, o Laboratório de Matemática Aplicada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LabMA/UFRJ) forneceu a lista dos segurados a esse ministério, os dados foram cruzados com informações governamentais e devolvidos ao LabMA/UFRJ com a identificação de escolaridade, quando disponível, bem como a indicação dos falecidos, completando os registros das empresas. Em seguida, foram elaboradas tábuas de mortalidade da população segurada por nível educacional. Para obtenção de tábuas suavizadas, foi aplicada a lei de Heligman e Pollard com abordagem bayesiana, via simulação de Markov Chain Monte Carlo (MCMC). No período de 2012 a 2017, dentre os brasileiros que usufruíam dos seguros de pessoas e de previdência complementar aberta, os homens com alta escolaridade tinham, aos 60 anos, uma expectativa de vida de 5,6 e 6,6 anos maior em comparação àqueles menos escolarizados, nas coberturas de mortalidade e sobrevivência, respectivamente. No caso das mulheres, a comparação entre as mais escolarizadas e as menos escolarizadas mostra uma diferença de 2,7 anos na cobertura de mortalidade e 5,4 anos na cobertura de sobrevivência. eou ou 201 2017 consequentemente protetivo 2 seguradores Social LabMAUFRJ LabMA UFRJ (LabMA/UFRJ ministério disponível falecidos empresas seguida suavizadas bayesiana MCMC. MCMC . (MCMC) tinham 6 56 5 5, 66 6, escolarizados sobrevivência respectivamente mulheres 27 7 2, 54 4 20 (MCMC
ABSTRACT This study aims to verify whether the inequalities by education level found in the population as a whole are also confirmed among those who subscribed to personal insurance and/or open private pension plans in Brazil between 2012 and 2017. This study is a trailblazer in estimating mortality differentials by education level in populations with personal insurance and open private pensions in Brazil. The research contributes to the understanding of socioeconomic factors related to living conditions and, consequently, mortality. The results show that, even in a population that records lower mortality rates and higher life expectancies when compared to the Brazilian population as a whole, education level plays a major role as a protective factor. Population and death data were provided by 23 insurance groups. Through an agreement with the Ministry of Labor and Social Security, the Applied Mathematics Laboratory of the Federal University of Rio de Janeiro (LabMA/UFRJ) provided the list of insured people to this ministry, data was cross-referenced with government information and returned to the LabMA/UFRJ with identification of education level, when available, as well as indication of deceased, completing company records. Mortality tables were then drawn up for the insured population by education level. To obtain smoothed tables, Heligman and Pollard’s law was applied using a Bayesian approach, via Markov Chain Monte Carlo (MCMC) simulation. In the period from 2012 to 2017, among Brazilians who took advantage of personal insurance and open supplementary pensions, men with a high education level had, at the age of 60, a life expectancy of 5.6 and 6.6 years greater than those with a lower education level, in mortality and survival coverage, respectively. In the case of women, the comparison between the most educated and the least educated shows a difference of 2.7 years in mortality coverage and 5.4 years in survival coverage. andor or 201 2017 consequently factor 2 groups Security LabMAUFRJ LabMA UFRJ (LabMA/UFRJ ministry crossreferenced cross referenced available deceased Pollards Pollard s approach MCMC (MCMC simulation had 60 56 5 6 5. 66 6. respectively women 27 7 2. 54 4 20