No final dos anos 1970 e início dos 80, Julio Cortázar e Mario Vargas Llosa compararam a Nicarágua sandinista com a Cuba de Fidel Castro, colocando em dia o debate sobre a revolução e o socialismo na América Latina. O presente trabalho analisa os artigos de Cortázar e Vargas Llosa para mostrar como eles compreenderam e traduziram a experiência sandinista. Em fins dos anos 1970, muitos intelectuais passaram a defender a Revolução Sandinista, como a possível revolução ideal ou uma nova chance para a experiência socialista na América Latina, como foi o caso de Cortázar. Vargas Llosa, desencantado com as esquerdas, apontava os "erros" do regime que poderiam levar a experiência sandinista a transformar o país centro-americano em uma "nova Cuba".
At the end of the 1970's and the beginning of the 1980's, Julio Cortázar and Mario Vargas Llosa compared the sandinista Nicaragua to the Fidel Castro's Cuba, renewing the debate about revolution and socialism in Latin America. This paper analyses Cortázar and Vargas Llosa's articles to demonstrate how they have understood and translated the sandinista experience. At the end of the 1970's, many intellectuals began to defend the sandinista Revolution as the possible ideal revolution or as a new chance to the socialist experience in the Latin America, and that was the case of Cortázar. Vargas Llosa, disappointed with the left, pointed out the regime's "mistakes" that might take the sandinista experience to turn Nicaragua into a "new Cuba".
À la fin des années 1970 et au début des années 1980, Julio Cortázar et Mario Vargas Llosa ont comparé le Nicaragua sandiniste à la Cuba de Fidel Castro, renouvelant la discussion sur la révolution et le socialisme en l'Amérique Latine. Ce travail analyse les articles de Cortázar et Vargas Llosa pour montrer comment ils ont compris et ont traduit l'expérience sandiniste. À la fin des années 1970, beaucoup d'intellectuels ont passé à defendre la Révolution Sandiniste comme la possible révolution idéale ou comme une nouvelle chance pour l'expérience socialiste en Amérique latine, comme l'a fait Cortázar. Vargas Llosa, déçu par la gauche, a indiqué les "erreus" du régime qui pourraient emmener l'expérience sandiniste a transformer le Nicaragua en une "nouvelle Cuba".