A melhora da qualidade de vida de uma população pode estar relacionada com o aumento do conhecimento sobre os fatores de risco que conduzem a doenças crônicas. Desta forma o objetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento dos professores de Educação Física sobre as associações entre quatro fatores comportamentais (sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e alimentação inadequada) e oito morbidades (diabetes, hipertensão arterial, AIDS, osteoporose, câncer de pulmão, depressão, cirrose hepática e infarto agudo do miocárdio). Foi realizado um estudo observacional, de caráter transversal e cunho censitário, incluindo 188 professores de ambos os sexos, das redes de ensino básico pública e privada da cidade de Pelotas/RS. Para cada fator comportamental, foi gerado um escore de conhecimento, que variava de zero a oito pontos. A maior média deste escore ocorreu para o conhecimento sobre sedentarismo (6,4), seguido por alimentação inadequada (5,9), tabagismo (5,3) e consumo excessivo de álcool (4,5). Podemos concluir que os maiores escores de conhecimento estiveram relacionados com faixas etárias mais baixas, com o local e a jornada de trabalho. Políticas públicas voltadas à saúde e educação são indispensáveis e urgentes para requalificar os docentes e prepará-los para a tarefa de ensinar.
The improvement in population quality of life may be associated to the increase in the awareness about chronic diseases risk factors. The aim of the present study was to evaluate physical education teachers' knowledge about the associations between four behavioral factors (sedentary lifestyle, smoking, abusive alcohol intake, and inadequate eating) and eight diseases (diabetes, hypertension, AIDS, osteoporosis, lung cancer, depression, liver cirrhosis and acute myocardial infarction). A census-based cross-sectional study was carried out including 188 teachers (men and women) from public and private schools from Pelotas/RS. For each behavioral factor, a knowledge score was generated, ranging from zero to eight points. The highest score was observed for sedentary lifestyle (6.4), followed by inadequate eating (5.9), smoking (5.3), and abusive alcohol intake (4.5). Overall, higher knowledge scores were observed among teachers from lower age groups, and workplace and working hours were also associated to the outcome. Governmental strategies in health and education are needed to improve teacher's knowledge enabling professionals to perform their jobs satisfactory.