Objetivo: O objetivo deste trabalho é analisar a regeneração morfológica de tecido esplênico auto-implantado em ratos Wistar, verificando a função fagocitária bacteriana de seus macrófagos. Métodos: Utilizou-se um modelo experimental com ratos jovens e adultos, de ambos os sexos, submetidos a esplenectomia total combinada com auto-implante de fatias de toda a massa esplênica no omento maior. Dezesseis semanas após, os animais foram inoculados por via intravenosa com suspensão de Escherichia coli AB1157 e, após 20 minutos, foram mortos por dose letal de halotano, sendo submetidos a laparotomia para retirada dos auto-implantes esplênicos. A análise estatística foi realizada com o teste t de Student, com ênfase na comparação da massa de auto-implante esplênico regenerada entre animais jovens e adultos de ambos os sexos. Resultados: Ocorreu regeneração do auto-implante esplênico em todos os animais. Machos jovens e fêmeas adultas apresentaram maior percentual de regeneração. Observou-se aspecto morfológico microscópico semelhante em todos os animais. O tecido esplênico regenerado mostrou as polpas vermelha e branca, com desarranjo arquitetural moderado, bem como folículos linfóides. Os vasos sangüíneos mostravam paredes preservadas, sem sinais de vasculite ou trombose. Foram encontrados macrófagos contendo grumos de bactérias, bem como macrófagos contendo pigmento de hemossiderina intracitoplasmáticos. Conclusão: O auto-implante esplênico, no omento maior, em ratos, adquire a arquitetura macro e microscópica de um baço normal, de dimensão menor e preserva a função fagocitária bacteriana.
Purpose: To analyze the morphologic regeneration of autotransplanted splenic tissue in Wistar rats and to determine the bacterial phagocytic function of their macrophages. Methods: We utilized an experimental model including young and adult rats, of both sexes, submitted to total splenectomy combined with autotransplantation in the greater omentum of slices of the whole mass of spleen. Sixteen weeks later animals were intravenously inoculated with a suspension of Escherichia coli AB1157, and twenty minutes later killed with lethal dose of halothane and submitted to laparotomy for splenic autotransplants retrieval. Data were analyzed statistically by de Student-t test, with emphasis on the comparison of the extent level of autotransplanted splenic mass regeneration between young and adult animals of both sexes. Results: There was regeneration of autotransplanted splenic tissue in all animals. Young males and adult females presented greater regeneration. A similar morphological aspect among all animals was observed, with splenic tissue showing red and white pulps with a moderate architectural disarrangement, as well as lymphoid follicles. Blood vessels showed preserved walls, with no signs of vasculitis or thrombosis. Macrophages containing bacterial aggregates were observed, as well as macrophages with hemosiderin pigments inside the cytoplasm. Conclusion: The present results suggest that splenic autotransplant in the greater omentum of the rat acquires the macro- and microscopic architecture of a normal spleen, with reduced dimensions, and preserves bacterial phagocyte function.