OBJETIVO: Comparar a atividade muscular antes e após o contato com o solo entre as aterrissagens unilateral (AU) e bilateral (AB) em atletas do sexo masculino. PARTICIPANTES: Quinze atletas masculinos de voleibol sem sinais e sintomas de lesões nas extremidades inferiores (13 ± 1 ano, 1,70 ± 0,12m, 60 ± 12kg). MENSURAÇÕES:Os participantes realizaram dois saltos verticais, aterrissando unilateralmente e bilateralmente. A atividade mioelétrica do reto femoral (RF), bíceps femoral (BF), adutores de quadril (AQ) e a relação BF/RF foram comparados entre as duas aterrissagens e entre as fases caracterizadas por 100ms antes (PRE) e 100ms após (POS) o contato com o solo. RESULTADOS: Em ambas as aterrissagens, a ativação do RF foi maior na fase POS em relação à PRE. Na comparação entre as aterrissagens dentro da mesma fase não encontramos diferenças estatísticas. Apesar de o BF não ter apresentado diferenças entre as fases PRE e POS em cada aterrissagem, sua ativação foi maior na AU. Os AQ apresentaram maior ativação na fase POS durante a AU, no entanto não houve diferenças quando comparadas as duas aterrissagens. A relação BF/RF apresentou valores maiores em ambas as aterrissagens na fase PRE. No entanto, não encontramos diferenças entre as aterrissagens. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que cada músculo apresenta um papel diferente durante a fase de aterrissagem em homens. Enquanto que o RF possui como principal função a frenagem da articulação do joelho e do movimento descendente, caracterizada pelo aumento da ativação na fase pós-contato, o BF parece atenuar a tensão articular do joelho em atividades de maior impacto, mantendo-se mais ativo durante todo o ciclo da AU. Já a maior ativação dos AQ após o contato com solo na AU evidencia a importância da região lombo-pélvica na estabilização pélvica em situações de grande instabilidade. Estudos futuros são necessários para determinar os efeitos da ativação muscular apresentada na imposição de cargas mecânicas potencialmente lesivas no joelho em atletas do sexo masculino.
OBJECTIVE: To compare the myoelectric activity before and after ground contact between single leg (SL) and double leg (DL) landings in male athletes. PARTICIPANTS: Fifteen male volleyball athletes without signs and symptoms of lesions in the lower extremities, with a minimum of three years experience in the sport (13 ± 1 years, 1.70 ± 0.12 m, 60 ± 12 kg). MEASUREMENTS: Participants performed two vertical jumps, landing unilaterally and bilaterally. The myoelectric activity of the rectus femoris (RF), biceps femoris (BF), hip adductors (HA) and the BF/RF ratio were compared between the two landings and between the phases characterized by 100ms before (PRE) and after 100 ms (POST) ground contact using ANOVA two-way test with post hoc test of Bonferroni (α = 5%). RESULTS: In both landings activation of RF was higher in the POST in relation to the PRE (p <0.0001). Comparing the landings in the same phase statistical differences (p = 0.2212) were not found. Although the BF did not present significant differences between the PRE and POST in each landing (p = 0.2321), its activation was higher in SL (p = 0.0051). The HA showed greater activation in the POST during the SL (p = 0.0013), however there were no differences when comparing the two landings (p = 0.9233). The BF/RF ratio was higher in both landings during PRE (p = 0.0012). Nevertheless, no differences between the landings (p = 0.7037) were found. CONCLUSION: The results suggest that each muscle has a different role during landing tasks in men. While RF has the main function to decelerate the knee and the downward movement, characterized by increased activation in the POST, BF seems to attenuate the loads on the knee in activities of higher impact, staying more active throughout the cycle in the SL. The increased activation of HA after ground contact in the SL highlights the importance of core region in stabilizing the pelvis in situations of great instability. Further studies are needed to determine the effects of muscle activation at the imposition of mechanical load on the knee that are potentially harmful to male athletes.