Resumo Propõe-se neste artigo analisar a produção de uma narrativa humanitária acerca das mazelas ou misérias carcerárias e humanas ao longo do período imperial (1825-1889). Utilizar-se-á, para isso, o discurso fabricado por ministros da Justiça (1825-1855), presidentes de província (1855-1889), comissões municipais e provinciais, além de crônicas e denúncias jornalísticas (1885-1886). Tais textos não são meros reflexos de uma realidade social, ou, apenas, resultados de usos políticos: eles também atuaram como motores e amplificadores de sentimentos de empatia e comiseração que poderiam auxiliar na tomada de decisões favoráveis a reformas ou melhorias (paliativas ou não) da vida atrás das grades. É importante precisar, quanto aos relatórios provinciais, que se trabalhará com os exarados para o Rio Grande do Sul e as demais fontes sobre a situação prisional porto-alegrense. Serão contemplados, assim, três níveis: nacional, regional e local. O argumento principal é o de que tais relatos em prol da humanidade e da civilização, em que se expressavam juízos de valor, apreciações, gestos de piedade e sentimentos de benevolência, acabavam alimentando uma “política da piedade” indispensável para o avanço (não linear) do “fluxo das sensibilidades penais”. Propõese Propõe 18251889. 18251889 1825 1889 . (1825-1889) Utilizarseá, Utilizarseá Utilizar á, á Utilizar-se-á isso 18251855, 18251855 1855 , (1825-1855) 18551889, 18551889 (1855-1889) provinciais 18851886. 18851886 1885 1886 (1885-1886) social apenas políticos paliativas grades precisar portoalegrense. portoalegrense porto alegrense. alegrense porto-alegrense contemplados assim níveis nacional local civilização valor apreciações benevolência política linear fluxo penais. penais penais” 1825188 182 188 (1825-1889 1825185 185 (1825-1855 1855188 (1855-1889 1885188 (1885-1886 182518 18 (1825-188 (1825-185 185518 (1855-188 188518 (1885-188 18251 1 (1825-18 18551 (1855-18 18851 (1885-18 (1825-1 (1855-1 (1885-1 (1825- (1855- (1885- (1825 (1855 (1885 (182 (185 (188 (18 (1 (
Abstract This article aims to analyze the production of a humanitarian narrative about prisons as a source of human ills/miseries throughout the imperial period (1825-1889), by studying discourses produced by ministers of Justice (1825-1855), provincial presidents (1855-1889), municipal/ provincial commissions, as well as chronicles and journalistic complaints (1885-1886). Such texts do not constitute mere reflections of social reality, nor do they simply result from political struggles. They also functioned as engines and amplifiers of feelings of empathy and commiseration that could foster decisions favoring reforms or improvements (be they palliative measures or not) of life behind bars. It is important to specify, regarding the provincial reports, that work will be carried out on Rio Grande do Sul officers, as well as other sources about prison situation in Porto Alegre. Tus, three levels will be considered: the national, regional, and local ones. The main argument is that such reports in favor of humanity and civilization–in which value judgments, appreciations, gestures of pity, and feelings of benevolence were expressed – ended up feeding a “policy of piety” indispensable for the (non-linear) advancement of the “flow of penal sensitivities”. illsmiseries ills miseries 18251889, 18251889 1825 1889 , (1825-1889) 18251855, 18251855 1855 (1825-1855) 18551889, 18551889 (1855-1889) municipal commissions 18851886. 18851886 1885 1886 . (1885-1886) reality struggles bars specify officers Alegre Tus considered national regional ones civilizationin civilization judgments appreciations pity policy piety nonlinear non linear (non-linear flow sensitivities. sensitivities sensitivities” 1825188 182 188 (1825-1889 1825185 185 (1825-1855 1855188 (1855-1889 1885188 (1885-1886 182518 18 (1825-188 (1825-185 185518 (1855-188 188518 (1885-188 18251 1 (1825-18 18551 (1855-18 18851 (1885-18 (1825-1 (1855-1 (1885-1 (1825- (1855- (1885- (1825 (1855 (1885 (182 (185 (188 (18 (1 (