resumo Este trabalho discute alguns aspectos do impacto estético, político, ético e ontológico causado pela presença da poética ameríndia na literatura brasileira contemporânea a partir de alguns poemas do livro Roça barroca, de Josely Vianna Baptista, e da antologia Cantos ameríndios, que abre a coleção Poesia.br, organizada por Sergio Cohn. Busca-se debater de que maneira os cantos ameríndios engendram um devir-menor que descentraliza nosso cânone literário, desestabiliza a língua portuguesa, “escova a história a contrapelo”, borra as dicotomias hierárquicas ocidentais entre humano e inumano, mesmidade e alteridade.
abstract This work proposes to discuss some aspects of the aesthetic, political, ethical and ontological impact of Native American poetics in Brazilian contemporary literature, considering some poems from Roça barroca, by Josely Vianna Baptista, and the anthology Cantos ameríndios, which opens the collection Poesia.br, organized by Sergio Cohn. The aim is to discuss how Native myths provoke a becoming-minor that decentralizes our literary canon, destabilizes the Portuguese language, "reads history against the grain", and blurs the frontiers between human and non-human, self and other.
resumen Este trabajo se propone discutir algunos aspectos del impacto estético, político, ético y ontológico causado por la presencia poética amerindia en la literatura brasileña contemporánea, partiendo de algunos poemas del libro Roça barroca, de Josely Vianna Baptista, y de la antología Cantos amerindios, que abre la colección Poesia.br, organizada por Sergio Cohn. El objetivo es discutir cómo los mitos amerindios engendran un devenir minoritario que descentraliza nuestro canon literario, desestabiliza la lengua portuguesa, “cepilla la historia a contrapelo”, difumina las dicotomías jerárquicas occidentales entre lo humano y lo inhumano, mismidad y alteridad.