RESUMO Objetivo: Apresentar os resultados anatômicos e visuais de injeções de ranibizumab em pacientes que foram diagnosticados com roturas do epitélio pigmentado da retina (RPE). Métodos: Olhos com um mínimo de seis meses de acompanhamento após diagnóstico de roturas do RPE foram avaliados retrospectivamente. Cada olho foi tratado com, pelo menos, três doses de ranibizumab em intervalos mensais. Acuidade visual com a melhor correção (BCVA), achados do segmento anterior, pressão intraocular e exames de fundo de olho foram avaliados nas visitas de controle. Retinografia colorida, angiografias fluoresceínicas, autofluorescência de polo posterior e tomografia de coerência óptica imagens de domínio espectral (SD-OCT) foram obtidos. A altura do descolamento do epitélio pigmentado (PED) foi medida com SD-OCT. Resultados: Doze olhos com roturas do epitélio pigmentado da retina foram incluídos no estudo. Nove olhos (75%) desenvolveram roturas do epitélio pigmentado da retina durante as injeções ranibizumab para neovascularização de coroide (oito olhos com descolamento do epitélio pigmentado vascularizado e um olho com osteoma de coroide), a rotura ocorreu em três olhos antes de quaisquer injeções. A mediana do número de injeções de ranibizumab após o diagnóstico da rotura do RPE foi de 3 (mínimo 2, máximo 5). Na visita de acompanhamento mais recente, não houve correlação estatisticamente significante entre o grau de RPE e logMAR de BCVA (p>0,05, r=0,112). Oito dos doze olhos tinham descolamento do epitélio pigmentado, desses, 7 olhos tinham PEDs com contornos irregulares antes da injeção. A altura média do PED foi 447 ± 122 µm. Conclusões: Nesta série, as roturas de epitélio pigmentado da retina aconteceram principalmente após a injeção intravítrea anti-VEGF para descolamento do epitélio pigmentado vascularizado. O aumento da altura vertical e contornos irregulares dos PEDs podem ser considerados fatores de risco para a formação da rotura de epitélio pigmentado da retina.
ABSTRACT Purpose: To report the anatomical and visual results in patients diagnosed as having retinal pigment epithelium (RPE) tears after receiving ranibizumab injections. Methods: Eyes diagnosed as having RPE tears with a minimum 6-month follow-up were retrospectively evaluated. Each eye was treated with at least three doses of ranibizumab at monthly intervals. Best-corrected visual acuity (BCVA), anterior segment findings, intraocular pressure, and fundus examination results were evaluated during control visits. Color fundus photography, fundus fluorescein angiographies, fundus autofluorescence, and spectral domain optical coherence tomography (SD-OCT) images were obtained. The height of pigment epithelial detachment (PED) was measured by SD-OCT. Results: Twelve eyes with RPE tears were studied. Nine eyes (75%) developed RPE tears during ranibizumab injections for choroidal neovascularization (eight eyes with vascularized PED and one eye with choroidal osteoma), and tears occurred in three eyes before any injections. The median number of ranibizumab injections after diagnosis of RPE tears was 3 (min 2, max 5). In the most recent follow-up visit, there was no statistically significant correlation between the grade of RPE and logMAR of BCVA (p>0.05, r=0.112). Eight of twelve eyes had PED, and seven of these had irregular PED contours before injection therapy. The mean PED height was 447 ± 122 µm. Conclusions: In this series, RPE tears developed mostly after intravitreal anti-VEGF injections for vascularized PED. Increased vertical height and irregular contours of the PEDs can be risk factors for the formation of RPE tears. The continuation of anti-VEGF therapy after tear formation is beneficial for vision improvement in eyes with RPE tears.