ResumoEste estudo quantitativo teve por objetivo avaliar o bem-estar espiritual e a autoestima de pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico e investigar a relação entre ambos. Foi desenvolvido em uma unidade de hemodiálise de um hospital filantrópico do Sul de Minas Gerais, com amostra por conveniência (N=118), predominância de mulheres e média de idade de 57 anos. A coleta de dados deu-se por meio de entrevista, de outubro a novembro de 2013, com utilização do instrumento de caracterização sociodemográfica, clínica e espiritual, da Escala de Avaliação da Autoestima de Rosenberg e da Escala de Bem Estar Espiritual. Foi aplicada estatística descritiva, coeficiente de correlação de Spearman e o teste de Mann-Whitney. A média de autoestima foi de 31,70, classificada como alta e o bem-estar espiritual, 92,91, classificado como moderado. Houve correlação estatística significativa ao nível de 1%, ou seja, quanto maior foi o nível de bem estar espiritual encontrado, maior foi a autoestima. Além disso, quanto maior foi a importância que o indivíduo denotou à religiosidade/espiritualidade maior foi seu nível de autoestima e de bem-estar espiritual (p=0,001). Dessa forma, pode-se considerar a espiritualidade como um recurso possível a ser considerado no enfrentamento da condição crônica e seu tratamento.
AbstractThis quantitative study evaluates the spiritual well-being and self-esteem of patients with chronic renal failure on hemodialysis and investigates the relationship between them. Developed in a hemodialysis unit of a philanthropic hospital in the South of Minas Gerais, with convenience sample (N=118), predominance of women and mean age of 57 years. Data collection was carried out through interviews between October-November 2013, using the sociodemographic, clinical and spiritual instrument, the Rosenberg Self-Esteem Rating Scale and Welfare Spiritual Scale. Descriptive statistics, Spearman correlation coefficient and the Mann-Whitney test were applied. The average self-esteem was 31.70, classified as high, and the spiritual well-being, 92.91, rated as moderate. There was a statistically significant correlation at 1%, that is, the greater the level of spiritual well-being found, the higher the self-esteem. In addition, the higher the importance religiosity / spirituality for the individual, the higher their level of self-esteem and spiritual well-being (p=.001). Thus, the use of spirituality can be considered as a coping strategy to face the disease and treatment.