O presente artigo discute uma experiência prática desenvolvida em um CAPS, onde buscou-se, a partir de uma intervenção grupal com os usuários, explorar a experimentação do corpo em movimento. Abordando aspectos do trabalho cotidiano de um Serviço de Saúde Mental, propõe uma estratégia de cuidado de si e do outro a partir da re-invenção da prática clínica permeada por recursos artísticos e, particularmente, da dança. Discute, ainda, a gestão do tempo como moduladora de modos de operar dos trabalhadores e usuários, afirmando a aposta na prática da dança como dispositivo que permite um contratempo ao ritmo acelerado do serviço; como um espaço de estar entre, de acompanhar e tornar possíveis corpos mais receptivos aos encontros e às composições como premissa de uma clínica inventiva que se almeja construir.
The paper presents a practical experience that was developed in a CAPS, which sought to explore experimenting with the body in movement by means of group work with patients. The intervention addresses aspects of the day-to-day work of a Brazilian mental health service and proposes a strategy for care of both oneself and of the other, based on the reinvention of clinical practice to include artistic resources, with a particular emphasis on dance. The authors discuss time management as a modus operandi for staff and patients, showing that investing in dance serves as a tool to counteract the hurried pace of the service. It also serves as a space to be among, to accompany and to make it possible for bodies to be more receptive to encounters and to dance compositions, as the basis for a more inventive clinical space that they intend to develop.
El presente artículo discute una experiencia práctica desarrollada en un CAPS, en la cual se buscó, a partir de una intervención grupal con los usuarios, explorar la experimentación del cuerpo en movimiento. Abordando aspectos del trabajo cotidiano de un Servicio de Salud Mental, propone una estrategia de cuidado de sí mismo y del otro a partir de la reinvención de la práctica clínica impregnada de recursos artísticos y particularmente de la danza. También se discute la gestión del tiempo como moduladora de modos de operar de los trabajadores y usuarios, afirmando la apuesta en la práctica de la danza como un dispositivo que permite un contratiempo al ritmo acelerado del servicio. Como un espacio de estar entre, de acompañar y hacer posibles cuerpos más receptivos a los encuentros y a las composiciones como premisa de una clínica inventiva que se anhela construir.