RESUMO A presente pesquisa foi conduzida utilizando-se 288 galinhas poedeiras da linhagem Hisex White com 32 semanas de idade, pelo período de 10 semanas, com o objetivo de estudar o enriquecimento da gema do ovo em ácidos graxos a partir de rações suplementadas com óleo de peixe (OP) ou alga marinha (AM) em cinco níveis de ácido docosahexaenóico (DHA) de 120, 180, 240, 300 e 360 mg/100 g dieta. Foi aplicado o modelo fatorial 2 x 5, em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições de oito aves por tratamento, de modo a constituir os grupos: OP120, OP180, OP240, OP300, OP360, AM120, AM180, AM240, AM300 e AM360. Um grupo controle submetido à ração basal de milho e soja (CON) e outro, acrescido de AM, contendo 420 mg de DHA/ 100 g dieta (AM420) foram também utilizados. Os ácidos araquidônico (AA), linoléico e PUFAs n-6 mostraram decréscimos significativos (P < 0,05) com o aumento de OP na dieta, variando, respectivamente, de 98,71 mg, 987,70 mg e 1.108,92 mg/gema na dieta CON a 38,87 mg, 734,22 mg e 802,79 mg/gema, para o grupo OP360. Para a fonte OP, as médias de AA também mostraram linearidade (Y = -0,16X + 89,40, R2 = 0,86), decrescendo de 98,71 mg/gema (CON) para 38,87 mg/ gema (OP360) e 77,79 mg/gema (AM420), enquanto que o total de PUFAs n-6 oscilou de 1.108,92 mg/gema (CON) a 802,79 mg/gema (OP360) e 1.178,19 mg/gema (AM120). O percentual de incorporação de AA na gema dos ovos decresceu linearmente com o aumento dos níveis de DHA na ração suplementada com OP e AM, de 4,81% (CON) para 2,57% (OP360) e 3,51% (AM420). As médias de 1.572,11 mg/gema (OP) e 2.118,16 mg/gema (AM) de consumo do total de PUFAs n6 e de 3,12% (OP) e 4,30% (AM) de incorporação de AA na gema diferiram (P < 0,05) entre fontes. Um decréscimo significativo (P < 0,05) foi consignado na relação n-6/n-3, variando de 17,50 (CON) para 3,72 (OP360) e 6,36 (AM420).
ABSTRACT This experiment was conducted using 288 Hisex White laying hens, 32 weeks old, for a period of 10 weeks, with the objective of studying the fatty-acid enrichment of the egg yolk of hens fed diets supplemented with fish oil (OP) or marine algae (AM) to provide five levels of docosahexaenoic acid (DHA) of 120, 180, 240, 300 and 360 mg/100 g diet for each source. A 2x5 completely randomized factorial design with three replicates of eight birds per treatment was applied in order to have the following groups: OP120, OP180, OP240, OP300, OP360, AM120, AM180, AM240, AM300 and AM360. A control group submitted to a corn/soy basal diet (CON) and another one supplemented with marine algae at the level of 420 mg of DHA/100 g diet (AM420) were also used. The arachidonic acid (AA), linoleic (AL) and n-6 PUFAs showed significant decreases (P < 0.05) with the increase of fish oil in the diet, ranging, respectively, from 98.71 mg, 987.70 mg and 1108.92 mg/yolk in the CON diet to 38.87 mg, 734.22 and 802.79 mg/yolk, for the group OP360. For the fish-oil source, the average amount of arachidonic acid also showed linearity (X + Y = –0.16 89.40, R2 = 0.86), decreasing from 98.71 mg/yolk (CON) to 38.87 mg/yolk (OP360) and 77.79 mg/yolk (AM420), while the total of n-6 PUFAs ranged from 1108.92 mg/yolk (CON) to 802.79 mg/yolk (OP360) and 1178.19 mg/yolk (AM120). The percentage of incorporation of arachidonic acid in the yolk of eggs decreased linearly with increasing levels of DHA in feed supplemented with fish oil and marine algae, from 4.81% (CON) to 2.57% (OP360) and 3.51% (AM420). The averages of 1572.11 mg/yolk (fish oil) and 2118.16 mg/yolk (marine algae) of the total consumption of n-6 PUFAs, and 3.12% (fish oil) and 4.30% (marine algae) of the incorporation of AA into yolk differed (P < 0.05) between sources. A significant decrease (P < 0.05) was noted in the n-6/n-3 ratio, varying from 17.50 (CON) to 3.72 (OP360) and 6.36 (AM420).