O objetivo desse estudo é realizar uma revisão da literatura abordando o tema fisioterapia motora para pacientes adultos em unidade de terapia intensiva. A busca de artigos científicos foi realizada nas bases de dados PubMed, MedLine (Literatura Internacional em Ciências e Saúde), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências e Saúde) e Cochrane entre 1995 e dezembro de 2008 utilizando as palavras-chaves: physical therapy, mobilization and intensive care unit. Para efeito de comparação foram selecionados estudos controlados, randomizados e prospectivos, abordando o tema fisioterapia motora para pacientes adultos em unidade de terapia intensiva. Estudos em pediatria, experimentais, revisões sistemáticas e metanálises foram excluídos. Dos 121 artigos encontrados, apenas 4 preencheram aos critérios de inclusão. Dentre estes, três artigos abordavam sobre a aplicação da fisioterapia motora precoce em pacientes com diagnósticos variados, mostrando que estes indivíduos saíram mais cedo da cama, deambularam em menos dias e tiveram um menor tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e no hospital. Além disso, os pacientes que receberam fisioterapia motora precoce apresentaram um menor tempo de ventilação mecânica. Já o outro artigo compara a aplicação da eletroestimulação associada à fisioterapia em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, mostrando um aumento na força muscular e menor tempo para a transferência destes indivíduos da cama para a cadeira em relação aos que receberam apenas fisioterapia. Os riscos da imobilização em doentes críticos ventilados mecanicamente não são bem esclarecidos. Entretanto, é evidente que os sobreviventes apresentem fraqueza e fadiga persistente, prejudicando sua qualidade de vida. A mobilização precoce é uma área nova e com poucas evidências até o momento. No entanto, recentes estudos têm confirmado que a mobilização em pacientes ventilados mecanicamente é um procedimento seguro e viável, diminuindo o tempo de internação na unidade de terapia intensiva e hospitalar. Porém mais estudos se fazem necessário para se identificar o tipo de exercício, duração, intensidade e a repercussão da fisioterapia motora precoce em grupos específicos de pacientes.
This study aimed to review the literature addressing motor physical therapy for intensive care unit adult patients. A literature search was conducted in the databases, PubMed, MedLine (International Literature and Health), LILACS (Latin American and Caribbean Health Sciences) and Cochrane between 1995 and December 2008 using the keywords: physical therapy, mobilization and intensive care unit. For comparison purposes we selected randomized controlled trials and prospective studies, addressing the subject motor physical therapy for intensive care unit adult patients. Pediatric and experimental studies, systematic reviews and meta-analysis were excluded. Of the 121 articles identified, only 4 met the inclusion criteria. Among these, three focused early motor physical therapy in patients with a range of diagnoses, showing that these patients left the bed and walked earlier, and stayed shorter both in the intensive care unit and hospital. Furthermore, patients on early motor physical therapy had shorter mechanical ventilation duration. Another paper compares the use of electrical stimulation associated with physical therapy in chronic obstructive pulmonary disease patients, showing increased muscle strength and shorter time for these patients bed to chair transference as compared with those only receiving physiotherapy. The risks of immobilization in mechanically ventilated critically ill patients are not fully understood. However, it is clear that the survivors show impaired quality of life due to persistent weakness and fatigue. Early mobilization is a new area, with little evidence so far. However, recent studies have confirmed that mechanically ventilated patients mobilization is safe and feasible, reducing both the intensive care unit and hospital stay. However, more studies are warranted to identify the exercise type, duration, intensity and impact for of early motor therapy in specific groups of patients.