Este artigo analisa a relação que atores políticos de seis países europeus estabelecem com um programa de avaliação internacional comparada do desempenho de jovens escolarizados (o PISA, da OCDE), a partir de duas dimensões: (a) a adesão dos países ao programa, dando atenção às narrativas de ministros, directores de organismos centrais e gestores do Programa a nível nacional; (b) a recepção dada aos seus relatórios, tendo em consideração a intensidade da sua convocação em universos vocacionados para a produção de política e de conhecimento. O artigo põe em evidência que o conhecimento gerado pelo PISA é mobilizado nacionalmente por uma multiplicidade de actores de mundos diferentes (da política, dos média, do mundo da investigação, da administração, etc.), permitindo a legitimação de opiniões e decisões políticas muitas vezes opostas. Paralelamente, o artigo enfatiza que apesar de não gerar respostas convergentes nas políticas postas em marcha, através do PISA a OCDE mostrase capaz de fazer convergir a acção política no uso da héteromonitorização como modalidade percebida como apropriada para "pensar-fazer-dizer" a política educativa.
This paper examines the relationship that political actors from six European countries established with a program of international comparative assessment of students' performance (PISA, OECD), based on two dimensions: (a) the adhesion of countries to PISA, giving attention to the narratives of ministers, heads of central agencies and PISA managers at national level; (b) the active reception given to PISA reports, taking into account the intensity of its convocation in universes devoted to the production of knowledge and policy. The paper highlights that the knowledge generated in PISA is mobilized nationally by a variety of actors from different worlds (from policy, the media, the world of research, the administration, etc.), allowing the legitimation of frequently divergent political opinions and decisions. In addition, the article emphasizes that although not generating converging responses in the policies set in motion through the PISA the OECD shows itself capable of converging political action in the use of hetero-monitoring as a modality perceived as appropriate to 'think, do, and tell' the current education policies.
Este artículo analiza la relación que los actores políticos de seis países europeos establecen con el programa de evaluación internacional comparada de desempeño de jóvenes escolarizados (PISA de OCDE), a partir de dos dimensiones: a) la adhesión de los países al programa, poniendo el foco en la narrativa de los ministros, de los directores nacionales de organismos centrales y de los gestores del programa a nivel nacional; b) la recepción dada en sus discursos, teniendo en consideración la intensidad de su convocatoria en los ámbitos dirigidos a la producción de políticas y de conocimiento. El artículo pone en evidencia que el conocimiento generado por PISA es movilizado a nivel nacional por una multiplicidad de actores de diferentes ámbitos (de la política, de los medios de comunicación, de la investigación, de la administración, etc.), permitiendo así la legitimación de opiniones y decisiones políticas muchas veces opuestas. Paralelamente, el artículo enfatiza que, a pesar de no generar respuestas convergentes en las políticas puestas en marcha, a través de PISA, la OCDE se muestra capaz de hacer confluir la acción política en el uso de un "hétero-monitoreo" como modalidad para "pensar-hacer-decir" la política educativa.