Abstract Background: Bowel preparation is a major quality criterion for colonoscopies. Models developed to identify patients with inadequate preparation have not been validated in external cohorts. We aim to validate these models and determine their applicability. Methods: Colonoscopies between April and November 2019 were retrospectively included. Boston Bowel Preparation Scale 2 per segment was considered adequate. Insufficient data, incomplete colonoscopies, and total colectomies were excluded. Two models were tested: model 1 (tricyclic antidepressants, opioids, diabetes, constipation, abdominal surgery, previous inadequate preparation, inpatient status, and American Society of Anesthesiol-ogy [ASA] score 3); model 2 (comorbidities, tricyclic antidepressants, constipation, and abdominal surgery). Results: We included 514 patients (63% males; age 61.7 ± 15.6 years), 441 with adequate preparation. The main indications were inflammatory bowel disease (26.1%) and endoscopic treatment (24.9%). Previous surgery (36.2%) and ASA score ≥3 (23.7%) were the most common comorbidities. An ASA score 3 was the only identified predictor for inadequate preparation in this study (p < 0.001, OR 3.28). The sensitivity, specificity, positive predictive value (PPV), and negative predictive value (NPV) of model 1 were 60.3, 64.2, 21.8, and 90.7%, respectively. Model 2 had a sensitivity, specificity, PPV, and NPV of 57.5, 67.4, 22.6, and 90.5%, respectively. The AUC for the ROC curves was 0.62 for model 1, 0.62 for model 2, and 0.65 for the ASA score. Conclusions: Although both models accurately predict adequate bowel preparation, they are still unreliable in predicting inadequate preparation and, as such, new models, or further optimization of current ones, are needed. Utilizing the ASA score might be an appro-priate approximation of the risk for inadequate bowel preparation in tertiary hospital populations.
Resumo Introdução: A preparação intestinal é um dos principais critérios de qualidade na colonoscopia. Modelos desenvolvidos para identificar doentes com preparação inadequada nunca foram validados em coortes externas. Pretendemos validar esses modelos e determinar sua aplicabilidade clínica. Métodos: Colonoscopias entre abril-novembro/2019 foram incluídas retrospectivamente. A Escala de Preparação Intestinal de Boston 2 por segmento foi considerada adequada. Dados insuficientes, colonoscopias incompletas e colectomias totais foram excluídos. Dois modelos foram testados: modelo 1 (antidepressivos tricíclicos, opióides, diabetes, obstipação, cirurgia abdominal, preparação prévia inadequada, internamento e American Society of Anesthesiology [ASA] 3); modelo 2 (comorbilidades, antidepressivos tricíclicos, obstipação e cirurgia abdominal). Resultados: Foram incluídos 514 doentes (63% homens; idade 61.7 ± 15.6), 441 com preparação adequada. As principais indicações foram doença inflamatória intestinal (26.1%) e tratamento endoscópico (24.9%). Cirurgias anteriores (36.2%) e ASA ≥3 (23.7%) foram as comorbilidades mais comuns. Um score ASA ≥3 foi o único fator de risco identificado para preparação inadequada (p < 0.001, OR 3.28). A sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN) do modelo 1 foi de 60.3, 64.2, 21.8 e 90.7%. O modelo 2 apresentou sensibilidade, especificidade, VPP e VPN de 57.5, 67.4, 22.6 e 90.55%. A AUC para a curva ROC foi de 0.62 para o modelo 1, 0.62 para o modelo 2 e 0.65 para o score ASA. Conclusões: Embora ambos os modelos sejam eficazes a prever preparação intestinal adequada, não se verifica o mesmo para a preparação inadequada e como tal, novos modelos ou otimização dos atuais são ainda necessários. Utilizar o score ASA pode ser uma aproximação adequada do risco de preparação intestinal inadequada em populações de hospitais terciários.