OBJETIVO: Verificar a eficácia do preenchimento dos sulcos nasojugal e palpebromalar deprimidos através da injeção de ácido hialurônico e analisar as complicações observadas. MÉTODOS: Foi realizado um estudo piloto, prospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, com pacientes recrutados no Serviço de Plástica Ocular do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP/EPM. Foram selecionados pacientes de ambos os sexos, com idade entre 25 e 60 anos, que apresentavam os sulcos nasojugal e/ou palpebromalar deprimidos, que não haviam sido submetidos à cirurgia na pálpebra inferior nem apresentavam histórico de trauma nesse local. O ácido hialurônico foi aplicado via transcutânea e depositado na região supraperiosteal em pequenos volumes. Todo paciente foi tratado pelo mesmo cirurgião (GAPV), tendo sido examinado no pós-operatório em intervalos regulares e fotografado no pré-operatório, no pós-operatório imediato, na 4ª semana, no 6º e no 12º mês após o procedimento. Ao final deste período todas as fotos foram analisadas por profissional não ligado a esta pesquisa, visando verificar a eficiência da técnica em atingir seus objetivos. RESULTADOS: Entre junho e agosto de 2008, 10 pacientes foram incluídos neste estudo piloto. Oito pacientes foram tratadas uma única vez, enquanto duas precisaram de retoque na 4ª semana após a aplicação inicial. O volume injetado foi em média de 0,61 ml (DP=0,25) no lado direito e de 0,65 ml (DP=0,26) no lado esquerdo. As complicações observadas foram equimose em 6 casos, edema local maior que 48 horas em um paciente e lesão cutânea semelhante à acne em um participante. CONCLUSÕES: O estudo piloto demonstrou que o tratamento dos sulcos nasojugal e pálpebro-malar com uso de ácido hialurônico se mostrou eficaz e previsível, com alto nível de satisfação dos pacientes e com resultado duradouro.
BACKGROUND: Volume loss and muscular hyperactivity are two major components of the aging process that contribute to the formation of the folds and wrinkles. Tear trough deformity is one of the most difficult depressions to correct surgically. PURPOSE: The aim of this study was to evaluate the results of ten patients submitted to periorbital filling with hyaluronic acid gel filler. METHODS: Between June and August, 2008, 10 patients have had their tears troughs treated with hyaluronic acid gel filler. The filler was introduced by a serial puncture technique and approximately 0.1 ml was injected at each pass. The filler was placed in the pre-periosteal tissue. Patients photographs before and after the procedure were reviewed to assess the outcomes. RESULTS: The mean volume per side needed to achieve correction was on the right side 0.61 ml (SD=0.25) and on the left side 0.65 ml (SD=0.26). The most common complications were bruising, erythema, local swelling, and pain at the injection site. The effect of treatment lasted up to 12 months. CONCLUSIONS: This pilot study showed that the treatment of tear trough deformity with hyaluronic acid gel filler was feasible, predictable and effective. All patients were very satisfied with their results.