RESUMO Objetivo: Avaliar a implementação de time de resposta rápida multidisciplinar liderado por médico intensivista em hospital universitário. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva realizado pela análise de fichas de atendimentos preenchidas durante os atendimentos realizados pelo time de resposta rápida do hospital universitário entre março de 2009 e fevereiro de 2014. Resultados: Foram coletados dados de 1.628 atendimentos realizados em 1.024 pacientes pelo time de resposta rápida, sendo 1.423 códigos amarelos e 205 códigos azuis. Houve maior número de atendimentos no primeiro ano, após implementação do time de resposta rápida. A análise multivariada identificou idade (OR 1,02; IC95% 1,02 - 1,03; p < 0,001), sexo masculino (OR 1,48; IC95% 1,09 - 2,01; p = 0,01), mais de um atendimento (OR 3,31; IC95% 2,32 - 4,71; p < 0,001), internação para especialidades clínicas (OR 1,77; IC95% 1,29 - 2,42; p < 0,001), pedido de vaga de unidade de terapia intensiva posterior ao código (OR 4,75; IC95% 3,43 - 6,59; p < 0,001) e admissão em unidade de terapia intensiva prévia ao código (OR 2,13, IC95% 1,41 - 3,21; p = 0,001) como fatores de risco para mortalidade hospitalar de pacientes atendidos em códigos amarelos. Conclusão: Os índices de mortalidade hospitalar foram elevados quando comparados aos da literatura e houve maior número de atendimentos no primeiro ano de atuação do time de resposta rápida. Houve maior mortalidade hospitalar entre pacientes internados para especialidades clínicas.
ABSTRACT Objective: To evaluate the implementation of a multidisciplinary rapid response team led by an intensive care physician at a university hospital. Methods: This retrospective cohort study analyzed assessment forms that were completed during the assessments made by the rapid response team of a university hospital between March 2009 and February 2014. Results: Data were collected from 1,628 assessments performed by the rapid response team for 1,024 patients and included 1,423 code yellow events and 205 code blue events. The number of assessments was higher in the first year of operation of the rapid response team. The multivariate analysis indicated that age (OR 1.02; 95%CI 1.02 - 1.03; p < 0.001), being male (OR 1.48; 95%CI 1.09 - 2.01; p = 0.01), having more than one assessment (OR 3.31; 95%CI, 2.32 - 4.71; p < 0.001), hospitalization for clinical care (OR 1.77; 95%CI 1.29 - 2.42; p < 0.001), the request of admission to the intensive care unit after the code event (OR 4.75; 95%CI 3.43 - 6.59; p < 0.001), and admission to the intensive care unit before the code event (OR 2.13; 95%CI 1.41 - 3.21; p = 0.001) were risk factors for hospital mortality in patients who were seen for code yellow events. Conclusion: The hospital mortality rates were higher than those found in previous studies. The number of assessments was higher in the first year of operation of the rapid response team. Moreover, hospital mortality was higher among patients admitted for clinical care.