RESUMO O objetivo do trabalho foi avaliar a capacidade de prolongamento da vida útil da maçã ‘Fuji’ minimamente processada aplicando os aditivos (cloreto de L-cisteína, ácido L-ascórbico e cloreto de cálcio) individuais ou combinados, e determinar o período adequado de armazenamento refrigerado do fruto inteiro para a realização do processamento mínimo. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema trifatorial com três repetições. O fator A foi composto por períodos de armazenamento das maçãs inteiras, pré-processamento, em câmara fria (20, 78, 138 e 188 dias); o fator B foi representado por períodos de armazenamento pós-processamento mínimo, simulando vida de prateleira (3, 6, 9 e 12 dias) e, o fator C foi representado por aditivos químicos (água destilada, como controle; L-cisteína a 0,5%, ácido ascórbico a 1%, L-cisteína a 0,5% com cloreto de cálcio a 1%, ácido ascórbico a 1% com cloreto de cálcio a 1%). As variáveis dependentes avaliadas foram coloração da polpa (L* e hº), teor de sólidos solúveis, acidez titulável, teor de compostos fenólicos totais, capacidade antioxidante e a quantificação da polifenoloxidase. Além disso, foi analisada a presença ou não de Salmonella sp. e Escherichia coli. O prolongamento do tempo de armazenamento das maçãs ‘Fuji’ em atmosfera refrigerada promove aumento da suscetibilidade ao escurecimento e amolecimento após o processamento a partir de 78 dias de armazenamento. O uso de aditivos, no processo, contribui para evitar esses problemas, principalmente quando se combina cloreto de L-cisteína a 0,5% com cloreto de cálcio a 1%, alcançando excelente conservação em prateleira refrigerada até 6 dias. Sob o aspecto microbiológico, as maçãs minimamente processadas são toxicologicamente seguras.
ABSTRACT The aim of this study was to evaluate the ability to prolong the useful life of the minimally processed ‘Fuji’ apple by applying the individual or combined additives (L-cysteine chloride, L-ascorbic acid and calcium chloride) and to determine the appropriate period of storage of the whole fruit to perform the minimum processing. The experimental design was completely randomized in three-factor design with three replications. Factor A was composed of storage periods of whole apples, pre-processing, in cold chambers (20, 78, 138 and 188 days); the factor B was represented by storage periods minimum post-processing, simulating shelf life (3, 6, 9 and 12 days), and factor C was represented by chemical additives (distilled water, as control, 0.5% L-cysteine chloride, 1% L-ascorbic acid, 0.5% L-cysteine chloride along with 1% calcium chloride and 1% L-ascorbic acid together with 1% calcium chloride). The evaluated dependent variables were pulp color (L* and hº), soluble solids, titratable acidity, content of phenolic compounds, antioxidant capacity and quantification of polyphenol oxidase. In addition, was analyzed the presence or absence of Salmonella sp. and Escherichia coli. The prolongation of the storage time of ‘Fuji’ apples in a refrigerated atmosphere promotes increased susceptibility to browning and softening after processing from 78 days of storage. The use of additives in the process, helps prevent these problems, especially when combined 0.5% L-cysteine chloride with 1% calcium chloride, achieving an excellent conservation in refrigerated shelf up to 6 days. From a microbiological aspect, minimally processed apples are toxicologically safe.