Resumo O artigo explora contribuições epistemológicas e metodológicas de duas pioneiras da sociologia, Flora Tristan e Harriet Martineau, como parte de um programa mais amplo de reavaliação da formação da disciplina no século XIX. Argumenta-se que, não obstante as diferenças, essas autoras apresentaram reflexões originais à época que permanecem relevantes nos debates sociológicos contemporâneos sobre interseccionalidade, posicionalidade, conhecimento e método na pesquisa social. Ao resgatar a originalidade das ideias de ambas, o texto reforça a necessidade de revisar a história fundacional da sociologia. Por fim, essa perspectiva articula-se à preocupação interseccional com as condições de produção e circulação do conhecimento.
Abstract The article explores epistemological and methodological contributions of two pioneers of Sociology, Flora Tristan and Harriet Martineau, as part of a broader program for reevaluating the formation of the discipline in the nineteenth century. It argues that, despite their differences, these authors presented original reflections at the time that remain relevant in contemporary sociological debates about intersectionality, positionality, knowledge and methodology in social research. By reassessing the originality of his ideas, the text reinforces the need to revise the foundational history of sociology. Finally, this perspective is articulated with an intersectional concern with the conditions of knowledge production and circulation.
Resumen El artículo explora contribuciones epistemológicas y metodológicas de dos pioneras de la sociología, Flora Tristan y Harriet Martineau, como parte de un programa más amplio de reevaluación de la formación de la disciplina en el siglo XIX. Sostiene que, a pesar de sus diferencias, estas autoras presentaron reflexiones originales que siguen siendo relevantes en los debates sociológicos contemporáneos sobre interseccionalidad, la posición, el conocimiento y el método en la investigación social. Al rescatar la originalidad de sus ideas, el texto refuerza la necesidad de revisar la historia fundacional de la sociología. Finalmente, esta perspectiva está articulada a una preocupación interseccional por las condiciones de producción y circulación del conocimiento.