<sec><title>OBJETIVO:</title><p> Avaliar a correlação entre cifose decorrente de fratura tipo explosão da coluna torácica e lombar e desfecho clínico em pacientes submetidos a tratamento conservador ou cirúrgico.</p></sec><sec><title>MÉTODOS:</title><p> Foi realizado estudo retrospectivo, de corte transversal, com 29 pacientes que apresentavam fratura na coluna torácica e lombar tipo explosão tratados pelo Grupo de Coluna de hospital referência em trauma, entre os anos de 2002 e 2011. Os pacientes foram acompanhados em ambulatório por um mínimo de 24 meses. Todos os casos foram avaliados clinicamente, através dos questionários Oswestry, de qualidade de vida SF-36 e pela escala visual analógica (EVA) de dor. Também foram avaliados radiologicamente, através de exames radiográficos e tomográficos da coluna lombossacra, no momento da internação hospitalar e nos retornos ambulatoriais subsequentes, pelo método de Cobb para mensuração do grau de cifose.</p></sec><sec><title>RESULTADOS:</title><p> Não houve correlação estatisticamente significativa entre o grau de cifose inicial e o desfecho clínico mensurado pela EVA e pela maioria dos domínios do SF-36, tanto nos pacientes tratados de modo conservador quanto nos tratados cirurgicamente. O questionário Oswestry demonstrou benefícios para os pacientes que receberam tratamento conservador (p=0,047) em comparação com os tratados cirurgicamente (p=0,335). A análise entre diferença de cifose inicial e final e cifose final isolada, em relação ao desfecho clínico, não apresentou correlação estatística em nenhum dos escores utilizados.</p></sec><sec><title>CONCLUSÃO:</title><p> O resultado clínico do tratamento das fraturas da coluna torácica e lombar tipo explosão não foi influenciado por um menor ou maior grau de cifose inicial ou residual, independentemente do tipo de tratamento.</p></sec>
<sec><title>OBJECTIVE:</title><p> To evaluate the correlation between kyphosis due to burst fractures of thoracic and lumbar spine and clinical outcome in patients undergoing conservative or surgical treatment.</p></sec><sec><title>METHODS:</title><p> A retrospective, cross-sectional study was conducted with 29 patients with thoracolumbar burst fractures treated by the Spine Group in a trauma reference hospital between the years 2002 and 2011. Patients were followed-up as outpatients for a minimum of 24 months. All cases were clinically evaluated by Oswestry and SF-36 quality of life questionnaires and the visual analogue scale (VAS) of pain. They were also evaluated by X-ray examinations and CT scans of the lumbosacral spine at the time of hospitalization and subsequently as outpatients by Cobb method for measuring the degree of kyphosis.</p></sec><sec><title>RESULTS:</title><p> There was no statistically significant correlation between the degree of initial kyphosis and clinical outcome measured by VAS and by most of the SF-36 domains in both patients treated conservatively and the surgically treated. The Oswestry questionnaire showed benefits for patients who received conservative treatment (p=0.047) compared to those surgically treated (p=0.335). The analysis of difference between initial and final kyphosis and final kyphosis alone in relation to clinical outcome showed no statistical correlation in any of the scores used.</p></sec><sec><title>CONCLUSION:</title><p> The clinical outcome of treatment of the thoracic and lumbar burst fractures was not influenced by a greater or lesser degree of initial or residual kyphosis, regardless of the type of treatment.</p></sec>
<sec><title>OBJETIVO:</title><p> Evaluar la correlación entre la cifosis debido a fractura del tipo explosión de la columna torácica y lumbar y el resultado clínico en pacientes sometidos a tratamiento conservador o quirúrgico.</p></sec><sec><title>MÉTODOS:</title><p> Estudio retrospectivo, transversal con 29 pacientes con fracturas de la columna torácica y lumbar del tipo explosión tratados por el Grupo de Columna Vertebral de un hospital de referencia en traumas entre los años 2002 y 2011. Los pacientes fueron seguidos en ambulatorio por un mínimo de 24 meses. Todos los casos fueron evaluados clínicamente por los cuestionarios Oswestry, calidad de vida SF-36 y escala visual analógica (VAS) del dolor. También fueron sometidos a evaluación radiográfica y por TC de la columna lumbosacra, en el momento de la hospitalización y durante el seguimiento ambulatorio por el método de Cobb para medir el grado de cifosis.</p></sec><sec><title>RESULTADOS:</title><p> No hubo correlación estadísticamente significativa entre el grado de cifosis inicial y el resultado clínico medido por EVA y la mayoría de los dominios del SF-36, en ambos pacientes tratados conservadoramente y tratados quirúrgicamente. El cuestionario Oswestry mostró beneficios para los pacientes que recibieron tratamiento conservador (p = 0,047) en comparación con el tratamiento quirúrgico (p=0,335). El análisis de la diferencia entre la cifosis inicial y final y cifosis definitiva aislada en relación con el resultado clínico no mostró correlación estadística en ninguna de las puntuaciones utilizadas.</p></sec><sec><title>CONCLUSIÓN:</title><p> El resultado clínico del tratamiento de las fracturas del tipo explosión de columna torácica y lumbar no fue influenciado por un mayor o menor grado de cifosis inicial o residual, independientemente del tratamiento.</p></sec>