No segundo ano de estudo, sulfato de amônio (SA) e uréia (U) marcados com 15N foram aplicados na cultura do milho, em sucessão à aveia-preta (Avena strigosa Schieb.), no sistema plantio direto, 33 dias antes e 10 dias depois da semeadura, na dose de 80 kg ha-1 de N, incorporados a 5-7 cm de profundidade, em sulcos espaçados de 0,8 m, nas entrelinhas do milho. O objetivo foi quantificar o N dos fertilizantes imobilizado no solo (15N orgânico), no sulco de adubação, e o N recuperado na planta nos estádios de 4-5 folhas, 11-12 folhas, florescimento e colheita. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, efetuando-se a análise de variância em esquema fatorial 2 x 6 em pré-semeadura (duas fontes, U e SA, em seis épocas de amostragem) e 2 x 3 (duas fontes em três épocas de amostragem) em cobertura, com três repetições. O experimento foi realizado em Latossolo Vermelho ácrico típico fase Cerrado subcaducifólio, na Fazenda Floresta do Lobo - Pinusplan, em Uberlândia (MG). Na aplicação em pré-semeadura, a máxima imobilização foi observada aos 22 dias da aplicação do SA (9,1 kg ha-1 ou 11,4 % do N aplicado) e aos 11 dias da aplicação da U (46,5 kg ha-1 ou 58,1 % do N aplicado). Até a colheita, a planta (parte aérea, grãos e raiz) acumulou 66,0 e 47,9 kg ha-1 de N-SA e N-U, respectivamente, correspondendo à eficiência de absorção de 82,5 e 59,9 % do N aplicado. Na aplicação em cobertura, a imobilização do N fertilizante das duas fontes foi inferior a 12,5 % do N aplicado, em todas as fases de crescimento da planta, evidenciando que a biomassa do solo não concorreu com a planta pelo N fertilizante, sendo similar à quantificação realizada na safra 1999/2000. Na média das duas safras (1999/2001) e dos estádios de 11-12 folhas e florescimento, para cada kg de N fertilizante imobilizado, as plantas de milho absorveram 8,9 e 15,4 kg ha-1 de N-SA, em pré-semeadura e cobertura, respectivamente. Para N-U, esses valores foram, respectivamente, de 4,5 e 5,2 kg ha-1, mostrando menor proporção de N-imobilizado de SA, com a aplicação dos fertilizantes em cobertura. As produtividades de grãos obtidas com SA e U, independentemente da época de aplicação, foram de 8.543 e 7.767 kg ha-1, respectivamente. Na adubação em pré-semeadura do milho, o SA apresentou maior rapidez na ciclagem do N imobilizado-mineralizado (turnover), em relação a U, e, conseqüentemente, causou maior absorção do N pela cultura, como verificado na safra anterior. Em cobertura, no sulco de adubação, de forma similar à observada na safra anterior, somente houve imobilização significativa do N-U, retardando sua absorção pela planta.
Ammonium sulfate (AS) and urea (U), labeled with 15N, were applied to no-till maize, 33 days before and 10 days after sowing, at a single rate of 80 kg ha-1 of N incorporated 5-7 cm deep along furrows spaced 0.8 m. Corn was sown after black oat (Avena strigosa Schieb.).The amount of immobilized N and of N-fertilizer recovered by corn plants was evaluated at the following plants stages: 4-5 leaves, 11-12 leaves, flowering, and at harvest. Treatments were applied in a randomized block design with three replications. The analysis of variance was performed based on one factorial scheme (2 x 6) with two sources in pre-planting (AS and U) on six sampling dates, and on a second (2 x 3) with two sources in top-dressing on three sampling dates. This field experiment was carried out on a Typic Acrustox in Uberlandia, Minas Gerais state, Brazil. Pre-planting applications resulted in a maximal AS-N immobilization 22 days after fertilizer application (9.1 kg ha-1 or 11.4 % of applied N), whereas the maximum immobilization of U-N occurred 11 days after fertilizer application (46.5 kg ha-1 or 58.1 % of applied N). Until harvest, the plants (aerial part, grains and roots) had accumulated 66.0 and 47.9 of AS-N and U-N, respectively (use efficiency of 82.5 and 59.9 % of applied N). N top-dressing resulted in 12.5 % less N immobilized applied as both sources in all growth stages, evidencing that the soil biomass did not compete with the plants for N-fertilizer, in agreement with results of the growing season 1999/2000. In both growing seasons (1999/2000 and 2000/2001) corn plants assimilated an average 8.9 and 15.4 kg ha-1 of AS-N for each kg of immobilized N-fertilizer from pre-planting and top-dressing, respectively, in the stage of 11-12 leaves and at flowering. For U-N these values were 4.5 and 5.2 kg ha-1, respectively, presenting a lower ratio of immobilized AS-N in top-dressing. Highest corn yields were obtained in the AS treatments (mean grain yield of 8.543 kg ha-1) independent of the application time. Urea treated plants obtained average grain yields of 7.767 kg ha-1 for both application periods. These results show that for pre-planting fertilizers the immobilization-mineralization N turnover was faster in the AS than in the U-N treatment. Consequently, N assimilation by corn plants was higher in the AS treatments. Only U-N was significantly immobilized more also in the second growing season when top-dressed, thus limiting plant N uptake.