Resumo Antecedentes As manifestações neurológicas na COVID-19 impactam adversamente na enfermidade aguda e na qualidade de vida após a doença. Dados limitados existem em relação a associação de sintomas neurológicos e indivíduos com comorbidades. Objetivo Avaliar os sintomas neurológicos em pacientes de hospitalizados com COVID-19 aguda e múltiplas comorbidades. Métodos Entre junho e julho de 2020, pacientes de hospitais com idade 18 anos ou acima e COVID-19 laboratorialmente confirmada, admitidos no Hospital São Paulo (Universidade Federal de São Paulo), um centro de referência terciário para casos de alta complexidade, foram perguntados sobre sintomas neurológicos. O questionário Pontuação composta de sintoma autonômico (COMPASS-31) foi usado. Os dados foram analisados no geral e se a disfunção olfatória subjetiva estava presente ou não. Resultados A média de idade da amostra foi 55 ± 15.12 anos. 58 pacientes eram homens. Os sintomas neurológicos foram principalmente xerostomia (71%), ageusia/hipogeusia (50%), intolerância ortostática (49%), anosmia/hiposmia (44%), mialgia (31%), tontura (24%), xeroftalmia (20%), comprometimento na consciência (18%) e cefaleia (16%). Além disso, 91 % dos pacientes tinham uma pré-morbidade. Os 44 pacientes com disfunção olfatória tinham maior chance de ter hipertensão, diabetes, fraqueza, falta de ar, ageusia/hipogeusia, tontura, intolerância ortostática e xeroftalmia. A pontuação do COMPASS-31 foi maior do que a de controles previamente publicados (14,85 ± 12,06 vs. 8,9 ± 8,7). A frequência de intolerância ortostática foi 49% na amostra e 63,6% naqueles com disfunção olfatória subjetiva (risco 2.9 vezes maior comparado com os sem). Conclusão Um total de 80% dos pacientes hospitalizados com múltiplas morbidades e COVID-19 aguda tinham sintomas neurológicos. Os sintomas do sentido químico e autonômicos se destacaram. A intolerância ortostática ocorreu em cerca de dois terços dos pacientes com anosmia/hiposmia. A hipertensão e o diabetes foram comuns, principalmente naqueles com anosmia/hiposmia. COVID19 COVID 19 COVID-1 doença comorbidades 2020 1 confirmada Universidade Paulo, , Paulo) complexidade COMPASS31 COMPASS 31 (COMPASS-31 usado não 5 1512 15 12 15.1 homens 71%, 71 71% (71%) ageusiahipogeusia ageusia hipogeusia 50%, 50 50% (50%) 49%, 49 (49%) anosmiahiposmia anosmia hiposmia 44%, 44% (44%) 31%, 31% (31%) 24%, 24 24% (24%) 20%, 20 20% (20%) 18% (18% 16%. 16 16% . (16%) disso 9 prémorbidade. prémorbidade pré morbidade. morbidade pré-morbidade 4 fraqueza ar COMPASS-3 14,85 1485 14 85 (14,8 1206 06 12,0 vs 89 8 8, 8,7. 87 8,7 7 8,7) 636 63 6 63,6 risco 29 2 2. sem. sem sem) 80 destacaram comuns COVID1 COVID- 202 COMPASS3 3 (COMPASS-3 151 15. (71% (50% (49% (44% (31% (24% (20% (18 (16% COMPASS- 14,8 148 (14, 120 0 12, 63, (COMPASS- (71 (50 (49 (44 (31 (24 (20 (1 (16 14, (14 (COMPASS (7 (5 (4 (3 (2 (
Abstract Background The neurological manifestations in COVID-19 adversely impact acute illness and post-disease quality of life. Limited data exist regarding the association of neurological symptoms and comorbid individuals. Objective To assess neurological symptoms in hospitalized patients with acute COVID-19 and multicomorbidities. Methods Between June 2020 and July 2020, inpatients aged 18 or older, with laboratory-confirmed COVID-19, admitted to the Hospital São Paulo (Federal University of São Paulo), a tertiary referral center for high complexity cases, were questioned about neurological symptoms. The Composite Autonomic Symptom Score 31 (COMPASS-31) questionnaire was used. The data were analyzed as a whole and whether subjective olfactory dysfunction was present or not. Results The mean age of the sample was 55 ± 15.12 years, and 58 patients were male. The neurological symptoms were mostly xerostomia (71%), ageusia/hypogeusia (50%), orthostatic intolerance (49%), anosmia/hyposmia (44%), myalgia (31%), dizziness (24%), xerophthalmia (20%), impaired consciousness (18%), and headache (16%). Furthermore, 91% of the patients had a premorbidity. The 44 patients with subjective olfactory dysfunction were more likely to have hypertension, diabetes, weakness, shortness of breath, ageusia/hypogeusia, dizziness, orthostatic intolerance, and xerophthalmia. The COMPASS-31 score was higher than that of previously published controls (14.85 ± 12.06 vs. 8.9 ± 8.7). The frequency of orthostatic intolerance was 49% in sample and 63.6% in those with subjective olfactory dysfunction (2.9-fold higher risk compared to those without). Conclusion A total of 80% of inpatients with multimorbidity and acute COVID-19 had neurological symptoms. Chemical sense and autonomic symptoms stood out. Orthostatic intolerance occurred in around two-thirds of the patients with anosmia/hyposmia. Hypertension and diabetes were common, mainly in those with anosmia/hyposmia. COVID19 COVID 19 COVID-1 postdisease post disease life individuals multicomorbidities 202 1 older laboratoryconfirmed laboratory confirmed COVID19, 19, Federal Paulo, , Paulo) cases 3 COMPASS31 COMPASS (COMPASS-31 used not 5 1512 15 12 15.1 years male 71%, 71 71% (71%) ageusiahypogeusia ageusia hypogeusia 50%, 50 50% (50%) 49%, 49 (49%) anosmiahyposmia anosmia hyposmia 44%, 44% (44%) 31%, 31% (31%) 24%, 24 24% (24%) 20%, 20 20% (20%) 18%, 18% (18%) 16%. 16 16% . (16%) Furthermore 91 premorbidity 4 hypertension weakness breath COMPASS-3 14.85 1485 14 85 (14.8 1206 06 12.0 vs 89 8 9 8. 8.7. 87 8.7 7 8.7) 636 63 6 63.6 2.9fold 29fold fold 2.9 2 without. without without) 80 out twothirds two thirds common COVID1 COVID- COMPASS3 (COMPASS-3 151 15. (71% (50% (49% (44% (31% (24% (20% (18% (16% COMPASS- 14.8 148 (14. 120 0 12. 63. 9fold 29 2. (COMPASS- (71 (50 (49 (44 (31 (24 (20 (18 (16 14. (14 (COMPASS (7 (5 (4 (3 (2 (1 (