O desempenho na canoagem de velocidade depende da capacidade de o organismo regenerar ATP em grandes quantidades e a altas taxas, a partir das diferentes vias metabólicas. Assim, o objetivo do presente estudo foi combinar dois modelos bioenergéticos, um genérico denominado de potência crítica e outro específico para a canoagem, proposto por Zamparo et al. (1999), na tentativa de produzir estimativas de aptidão aeróbia e anaeróbia para essa modalidade, bem como estabelecer estimativas não-invasivas da contribuição dos sistemas aeróbio e anaeróbio para diferentes distâncias percorridas. Para tanto, 11 atletas de canoagem (16,0 ± 1,2 anos; 174,0 ± 2,4cm; 65,2 ± 4,4kg), do sexo masculino, percorreram diferentes distâncias (500, 1.000 e 1.790m), na máxima velocidade possível, em embarcações do tipo K-1, em um lago com águas calmas. As informações obtidas foram inicialmente convertidas em quantidades geradas de trabalho (kJ) e potência interna (W). Posteriormente, os valores individuais estimados foram aplicados às três equações preditivas da potência crítica (PCrit) e capacidade de trabalho anaeróbio (CTAnaer). Por fim, os valores produzidos foram transformados em unidades de equivalentes de oxigênio para a estimativa da contribuição aeróbia (equivalente de O2 para a PCrit x tempo para a distância) e anaeróbia (equivalente de O2 para a CTAnaer x tempo para a distância), nas diferentes distâncias. A contribuição aeróbia relativa encontrada para as diferentes distâncias analisadas (500, 1.000 e 1.790m) foi de 60,6, 78,6 e 89,4%, respectivamente. Os resultados encontrados confirmaram as informações produzidas anteriormente por outras investigações, o que sugere que os procedimentos adotados neste estudo podem fornecer estimativas confiáveis sobre a participação das vias energéticas no desempenho de canoagem.
The performance of the speed kayaking depends on the organism capacity of regenerating ATP in large amounts and high rates from different metabolic pathways. Thus, the objective of the present study was to combine two bioenergetic models, the first a generic one, called critical power, and the other specific for kayaking, proposed by Zamparo et al. (1999), in the attempt of producing estimations of aerobic and anaerobic fitness for this modality, as well as establishing non-invasive estimations of the contribution of aerobic and anaerobic systems for different distances performed. In that purpose, 11 male kayaking athletes (16.0 ± 1.2 years; 174.0 ± 2.4 cm; 65.2 ± 4.4 kg), performed different distances (500, 1,000 and 1,790 m), at the maximal speed as possible in kayaks type K-1 in a calm water lake. The informations obtained were initially converted into work generated quantity (kJ) and internal power (W). The estimated individual values were afterwards applied to three predictive equations of critical power (PCrit) and anaerobic work capacity (CTAnaer). Finally, the values produced were transformed into oxygen equivalence units for the estimation of the aerobic contribution (O2 equivalence for PCrit x time required to perform the distance) and anaerobic contribution (O2 equivalence for CTAnaer x time required to perform the distance) at the different distances. The relative anaerobic contribution found for the different distances analyzed (500, 1,000 and 1,790 m) was of 60.6; 78.6 and 89.4%, respectively. The results found corroborate the information previously produced by other investigations, suggesting that the procedures adopted in this study may provide reliable estimations on the participation of the energetic pathways on the kayaking performance.
El desempeño del canotaje de velocidad depende de la capacidad del organismo de regenerar ATP en grandes cantidades y a altas tasas, a partir de las diferentes vias metabólicas. Así el objetivo del presente estudio fué combinar dos modelos bioenergéticos, un genérico denominado de potencia crítica y otro específico para el canotaje, propuesto por Zamparo et al. (1999), en la tentativa de producir estimaciones de la aptitud aeróbia y anaeróbia para esa modalidad, así como establecer estimaciones no invasivas de la contribución de los sistemas aeróbico e anaeróbico para diferentes distancias recorridas. Por lo tanto, 11 atletas de canotaje (16,0 ± 1,2 años; 174,0 ± 2,4 cm; 65,2 ± 4,4 kg), del sexo masculino, correrán diferentes distancias (500, 1.000 e 1.790 m), a máxima velocidad posible, en embarcaciones de tipo K-1, en un lago con aguas calmas. Las informaciones obtenidas fueran inicialmente convertidas en cantidades generadas de trabajo (kJ) y potencia interna (W). Posteriormente, los valores individuales estimados fueron aplicados a las tres ecuaciones predictivas de la potencia crítica (PCrit) y capacidad de trabajo anaerobio (CTAnaer). Por fin, los valores producidos fueron transformados en unidades de equivalentes de oxigeno para la estimación de la contribución aeróbica (equivalente de O2 para a PCrit x tiempo para la distancia) y anaeróbica (equivalente de O2 para a CTAnaer x tiempo para la distancia), a diferentes distancias. La contribución aeróbica relativa encontrada para las diferentes distancias analizadas (500, 1.000 e 1.790 m) fue de 60,6, 78,6 e 89,4%, respectivamente. Los resultados encontrados confirmaron las informaciones producidas anteriormente por otras investigaciones, lo que sugiere que los procedimientos adoptados en este estudio pueden realizar estimaciones confiables sobre la participación de las vias energéticas en el desempeño del canotaje.