Resumo: Este artigo explora o caráter elitista da maçonaria, enfatizando o lugar da educação em seu ideário e prática como uma estratégia de distinção social e acumulação de capital de uso interno. Tomando como categoria de análise a noção de elite, elabora uma prosopografia de expoentes maçons entre 1912 e 1932, apontando a natureza e o volume dos capitais que perfazem um perfil comum, e examina, à luz da sociologia de Bourdieu, a proposta e a experiência das escolas da Loja Sete de Setembro, destinadas às crianças pobres, filhos de operários e estrangeiros. Os dados biográficos e as informações sobre a escola provêm da publicação A Maçonaria no Estado de São Paulo (1912-1932). Conclui-se que nas mais altas posições na hierarquia maçônica encontram-se detentores de significativos capitais econômicos, sociais, políticos, indicando haver homologia e reconversões entre os campos; que o empenho na instrução das classes subalternas respondia a exigências filantrópicas do grupo, revertendo em prestígio e distinção para promotores individuais e para a própria maçonaria.
Abstract: This article explores the elitist character of Freemasonry, emphasizing the place of education in its ideology and practice as a strategy of social distinction and accumulation of capital for internal use. Taking as a category of analysis the notion of elite, it elaborates a prosopography of Freemason exponents between 1912 and 1932, pointing out the nature and volume of capitals that make up a common profile, and examines, in the light of Bourdieu's sociology, the proposal and experience of the schools of the Lodge Sete de Setembro, destined to the poor children, children of workers and foreigners. The biographical data and the information about the school comes from the publication A Maçonaria no Estado de São Paulo (1912-1932). It is concluded that the highest positions in the Masonic hierarchy are occupied by holders of significant economic, social and political capitals, indicating homology and reconversions among the fields; that the commitment to the instruction of the subaltern classes responded to philanthropic requirements of the group, reverting in prestige and distinction to individual promoters and to Freemasonry itself.
Resumen: Este artículo explora el carácter elitista de la masonería, enfatizando el lugar de la educación en su ideario y práctica como una estrategia de distinción social y acumulación de capital de uso interno. Tomando como categoría de análisis la noción de elite, elabora una prosopografía de exponentes masones entre 1912 y 1932, señalando la naturaleza y el volumen de los capitales que constituyen un perfil común, y examina, a la luz de la sociología de Bourdieu, la propuesta y la experiencia de las escuelas de la Tienda Sete de Setembro, destinadas a los niños pobres, hijos de obreros y extranjeros. Los datos biográficos y las informaciones sobre la escuela provienen de la publicación A Maçonaria no Estado de São Paulo(1912-1932). Se concluye que en las más altas posiciones en la jerarquía masónica se encuentran poseedores de significativos capitales económicos, sociales, políticos, indicando haber homología y reconversiones entre los campos; que el empeño en la instrucción de las clases subalternas respondía a exigencias filantrópicas del grupo, revirtiendo en prestigio y distinción para promotores individuales y para la propia masonería.