São estudados os mecanismos psíquicos que se desenvolvem em agrupamentos humanos e a sua utilização para fins terapêuticos, sendo focalizado o fenômeno da interação como o dinamismo básico dessas reações. O autor compara a forma pela qual encara o grupo com as idéias de Bion, Moreno e Sullivan, encarando a hipótese de que os sentimentos de amor e hostilidade se manifestem em função do bom ou do mau funcionamento dos contactos primários que caracterizam a dependência. O autor comenta resultados que obteve usando o psicodrama, mediante o qual estudou reações emocionais de inveja, ódio, agressividade e amor. O autor analisa as técnicas de Slavson e Pratt baseando-se nos dinamismos inerentes ao grupo e refere os estudos de Beukemkamp para a compreensão do fenômeno transferenciai que, no grupo, tem características próprias. As diferenças entre a terapia de grupo e a individual são apontadas, sendo a contra-transferência considerada como elemento construtivo. Pensa o autor que o aspecto dramático vivenciado pelo grupo ou por um dos seus componentes tem alto valor, pois engloba a verbalização, os componentes emocionais e os componentes posturais. O tono emocional vivenciado pelo grupo é mais intenso e opressivo que o que é despertado na terapêutica individual, o que é explicável pela somação de efeitos provocada pela reação circular. Segundo o autor, a Psicoterapia de Grupo e a Psicoterapia Individual não se opõem, mas se completam.
The author studies the mechanisms concerned to the human grouping and their uses for therapeutic purposes, stressing that the phenomenon of interaction is the basic dynamism in the group reactions. Parallels are traced between the author's ideas and Bion's point of view; a comparative study is also made of Moreno, Bion and Sullivan's ideas. The author suggests that the feelings of love and hostility appear in connection with the good or bad functioning of the primary contact, which characterizes the dependence. The author comments the results obtained with the use of a psychodrama which allowed the study of emotional reactions of envy, hate, aggression and love. An attempt is made to understand Slavson's and Pratt's techniques. Beukemkamp's study is mentioned as an original contribution to the understanding of the transferential phenomenon. Differences between the group and the individual therapeutics are pointed. Counter-transference is considered as a constructive element. The dramatic feeling experienced by the group or by one of its members is important because it involves verbalization, emotional components and bodily expression. The emotional level experienced by the group is more intense and oppressive than the ones experienced individually, and for justification of it the author mentions the circular reaction. The author thinks that Group Psychotherapy and Individual Psychotherapy are not opposing methods, but that they complement each other.