RESUMO Com o objetivo de avaliar as características microbiológicas da secreção láctea durante o processo de secagem da glândula mamária de vacas da raça Holandesa, foram colhidas amostras de 44 mamas na última ordenha antes do início do processo de secagem, durante a evolução do processo de secagem (1º, 3º, 5º, 7º, 10º, 15º, 30º e 45º dia do período seco) e no retorno à lactação. Após os primeiros jatos de secreção láctea terem sido desprezados, procedeu-se a sua colheita asséptica, para ser utilizada no exame microbiológico. No retorno da lactação observou-se que a frequência de isolamento bacteriano (46,15%) foi significantemente menor do que o encontrado durante o período seco. Entre a última ordenha antes do início do processo de secagem e o 45ºdia do período seco não houve diferenças estatísticas entre as frequências de isolamentos bacterianos que oscilaram entre 72,73 % e 84,09 %. Os principais gêneros bacterianos isolados foram Staphylococcus spp., Corynebacterium spp. e Streptococcus spp. A análise da dinâmica da população bacteriana durante o período seco permitiu afirmar que a taxa de cura das infecções existentes foi igual a 40,63 %, enquanto as taxa de novas infecções e re-infecções durante o período seco foram, respectivamente, iguais a 66,67% e 61,54%.
ABSTRACT In order to evaluate the microbiological characteristics of the lacteal secretion in the involution of the mammary gland of Holstein cows, examination was made of 44 udders at last milking before the dry period, during the dry period (1, 3, 5, 7, 10, 15, 30 and 45 days of the dry period), as well as the return to lactation. After discarding the first jets of the lacteal secretion, the samples for the microbiological analysis were aseptically collected. The percentage of bacteria isolated from the udders was lower on the return to lactation (46.15%) than during the involution of the mammary gland. There was no statistical difference between the frequency of bacteria isolated from the last milking and from the 45th day of the dry period isolations that oscillated between 72.73% and 84.09%. The rate of cure of the infections in the dry period was 40.63%, while the rate of new infections and reinfection were, respectively, 66.67% and 61.54%.