Resumo Este artigo investiga a relação entre animais humanos e não-humanos no pensamento de Aristóteles, tomando como fonte principal seus tratados de zoologia e, dentre eles, a História dos animais. O objetivo central é discutir em que medida é possível identificar traços incontornáveis de antropocentrismo em Aristóteles, e, em caso positivo, em quais termos esse antropocentrismo é expresso. A partir da leitura de passagens diversas, e da análise filológica de determinados verbos empregados pelo filósofo, argumento que o dado antropocêntrico dos escritos de Aristóteles, embora presente, pode ser nuançado, em especial quando algumas espécies - como a esponja do mar - são abordadas pelo estagirita. Assim, concluo que a retórica antropocêntrica de Aristóteles aparece com mais frequência quando os animais são abordados em conjunto do que como espécies isoladas. nãohumanos não eles positivo expresso diversas filósofo presente nuançado estagirita Assim isoladas
Abstract This article investigates the relationship between human and non-human animals in Aristotle’s thought, taking as main source his treatises on zoology and, among them, the History of animals. The major aim is to discuss in what extent it is possible to identify unavoidable traces of anthropocentrism in Aristotle, and, if so, in what terms this anthropocentrism is expressed. From the reading of different passages, and a philological analysis of certain verbs used by the philosopher, I argue that the anthropocentric aspect of Aristotle’s writings, although existing, can be nuanced, especially when some species - such as the sponge - are discussed by Aristotle. Thus, I conclude that Aristotle’s anthropocentric rhetoric appears more often when animals are analyzed together than as isolated species. nonhuman non Aristotles Aristotle s thought them so expressed passages philosopher writings existing nuanced Thus