Resumo Este artigo apresenta uma análise da representação do consumo em Eles eram muitos cavalos, do escritor Luiz Ruffato. Argumentamos que o autor, através da inserção de referências a objetos de consumo como índices de realidade, enfatiza a presença constante e inescapável da cultura de consumo no dia a dia de grandes centros urbanos brasileiros. Utilizando contribuições dos estudos culturais para o estudo da cultura de consumo e do cotidiano, mostramos que essas referências aparecem no texto não como metáfora de uma força alienante que atua sobre consumidores irracionais de um determinado grupo social, mas, sim, como um marco de experiências de um número variado de indivíduos, criando identificações, bem como reforçando divisões sociais.
Abstract This article analyzes the representation of consumption in Luiz Ruffato's Eles eram muitos cavalos. I argue that the writer, by referencing commodities as tokens of reality, emphasizes the inescapable presence of consumer culture in the everyday life of large urban centers in Brazil. Utilizing cultural studies' theoretical contributions to the study of consumption and everyday life, I demonstrate that these references, rather than appearing as a metaphor for an alienating force controlling irrational consumers from a certain social segment, appear in Ruffato's text as part of the experience of various social segments, creating identifications among its members, as well as reinforcing social divisions.
Resumen En este artículo se analiza la representación del consumo en Eles eram muitos cavalos, del escritor Luiz Ruffato. Argumentamos que el autor, mediante el uso de referencias a objetos de consumo como índices de realidad, enfatiza la presencia constante e inescapable de la cultura de consumo en la cotidianidad de los grandes centros urbanos brasileros. Utilizando las contribuciones de los estudios culturales para el estudio de la cultura de consumo y de lo cotidiano, demostramos que estas referencias aparecen en el texto no como metáfora de una fuerza alienante que actúa sobre los consumidores irracionales de un determinado grupo social, sino como una marco de experiencias de un número variado de individuos, creando identificaciones así como reforzando divisiones sociales.